sábado, 15 de maio de 2010

Crítica: Alvin e os Esquilos 2 (Alvin and the Chipmunks: The Squeakquel, 2009)

Por:Dimitri Yuri

Porquê? Se o primeiro filme já não foi tão bom, eu não entendo porque que eles resolvem fazer um segundo. Deve ser porque o filme rendeu mais de duzentos milhões de dólares mundialmente. Então eles não se preocuparam em inovar nada, pegaram a mesma besteira do primeiro filme e adicionaram três esquilinhas que são simetricamente iguais ao três protagonistas (só que na versão feminina), pra te jogar na cara que eles vão ficar juntos no final.

O filme conta a história dos esquilos que, por razão nenhuma (famoso McGuffin) tem que ir para o colégio. Lá eles encontram mais três esquilinhas que vieram de não sei aonde (McGuffin), e vão fazer uma competição de shows no colégio. Mas as esquilinhas trabalham para o Ian (Cross) do primeiro filme e blá, blá, blá.

Pra começar, nem o primeiro filme era viável, pois se você não usa animação gráfica para fazer os esquilos, eles ficam muito mecânicos, mas se você usar, eles destoam do resto do filme, pois fica uma animação bem mal-feita, e você sempre tem a ideia de que os atores fizeram tudo sem os esquilos, e depois eles foram adicionados (a reflectividade deles são bem diferentes do resto da cena). E pra piorar eles usam aquela voz computadorizada, que pode até ser bonitinha de vez em quando, mas depois de meia-hora você já está de saco cheio, o que piora quando eles começam a cantar (as pessoas poderiam até ir no show pra ver esquilos que falam, mas ninguém compraria um CD deles, é muito chato!).

Aqui mais uma vez, eles acham que comédia é um pessoa bater com a cabeça na parede, uma velha na cadeira de rodas descendo uma escada e etc (só ver que logo nos primeiros vinte minutos, duas pessoas vão para o hospital). Tá certo que esquilos falantes não existem mas se, aparecesse um semana que vem, ele não teria uma mini-guitarra que ele pudesse tocar (não tem como fazer!), não iria para a escola, começaria no ensino médio (eu estou aqui nos EUA à um mês, e sei como é difícil conseguir matrícula, mas no filme eles conseguem instantaneamente), não participariam da aula de educação física, não seriam chamados para o time de futebol (copiaram as mesmas besteiras que tinham no “Stuart Little”), e muito menos as garotas dariam mole pra eles (que garota quer pegar um esquilo? Isso é zoofilia, e da CADEIA!). Então o filme acha que pode inventar essas besteiras porque já estão num mundo que não existe, mas o negócio é que o mundo é o nosso, é real, os esquilos que não são. O roteiro ainda faz alusões à “Taxi Driver” e “O Silencio dos Inocentes”, mas são sempre sem graça nenhuma. E falando nisso, o filme é tão engraçado, que eu não ri.

Nenhuma atuação realmente boa. Jason Lee, que estava normal no primeiro filme, quase não aparece nesse, deixando lugar para o também mediano Zachary Levi, que é bom as vezes, mas parece meio falso em outras. David Cross, faz a mesma coisa que fez no primeiro, tem seu charme, mas nada muito bom (quem se esforça para construir um personagem num filme como esse?). Não tem como analisar a atuação dos esquilos, mesmo tendo bons atores fazendo as vozes.

Veredicto: Isso é o que eles entendem por diversão para a família hoje em dia, pessoas batendo com a cabeça no chão sem contexto nenhum. O negócio é que eles vão continuar fazendo filmes mediócres, e as pessoas vão continuar dando dinheiro para esse caras. Então dê preferência à qualquer filme de Pixar antes de começar à ver esse aqui.

Nota:1/5

Nenhum comentário:

Postar um comentário