sábado, 15 de maio de 2010

Crítica: Alvin e os Esquilos 2 (Alvin and the Chipmunks: The Squeakquel, 2009)

Por:Dimitri Yuri

Porquê? Se o primeiro filme já não foi tão bom, eu não entendo porque que eles resolvem fazer um segundo. Deve ser porque o filme rendeu mais de duzentos milhões de dólares mundialmente. Então eles não se preocuparam em inovar nada, pegaram a mesma besteira do primeiro filme e adicionaram três esquilinhas que são simetricamente iguais ao três protagonistas (só que na versão feminina), pra te jogar na cara que eles vão ficar juntos no final.

O filme conta a história dos esquilos que, por razão nenhuma (famoso McGuffin) tem que ir para o colégio. Lá eles encontram mais três esquilinhas que vieram de não sei aonde (McGuffin), e vão fazer uma competição de shows no colégio. Mas as esquilinhas trabalham para o Ian (Cross) do primeiro filme e blá, blá, blá.

Pra começar, nem o primeiro filme era viável, pois se você não usa animação gráfica para fazer os esquilos, eles ficam muito mecânicos, mas se você usar, eles destoam do resto do filme, pois fica uma animação bem mal-feita, e você sempre tem a ideia de que os atores fizeram tudo sem os esquilos, e depois eles foram adicionados (a reflectividade deles são bem diferentes do resto da cena). E pra piorar eles usam aquela voz computadorizada, que pode até ser bonitinha de vez em quando, mas depois de meia-hora você já está de saco cheio, o que piora quando eles começam a cantar (as pessoas poderiam até ir no show pra ver esquilos que falam, mas ninguém compraria um CD deles, é muito chato!).

Aqui mais uma vez, eles acham que comédia é um pessoa bater com a cabeça na parede, uma velha na cadeira de rodas descendo uma escada e etc (só ver que logo nos primeiros vinte minutos, duas pessoas vão para o hospital). Tá certo que esquilos falantes não existem mas se, aparecesse um semana que vem, ele não teria uma mini-guitarra que ele pudesse tocar (não tem como fazer!), não iria para a escola, começaria no ensino médio (eu estou aqui nos EUA à um mês, e sei como é difícil conseguir matrícula, mas no filme eles conseguem instantaneamente), não participariam da aula de educação física, não seriam chamados para o time de futebol (copiaram as mesmas besteiras que tinham no “Stuart Little”), e muito menos as garotas dariam mole pra eles (que garota quer pegar um esquilo? Isso é zoofilia, e da CADEIA!). Então o filme acha que pode inventar essas besteiras porque já estão num mundo que não existe, mas o negócio é que o mundo é o nosso, é real, os esquilos que não são. O roteiro ainda faz alusões à “Taxi Driver” e “O Silencio dos Inocentes”, mas são sempre sem graça nenhuma. E falando nisso, o filme é tão engraçado, que eu não ri.

Nenhuma atuação realmente boa. Jason Lee, que estava normal no primeiro filme, quase não aparece nesse, deixando lugar para o também mediano Zachary Levi, que é bom as vezes, mas parece meio falso em outras. David Cross, faz a mesma coisa que fez no primeiro, tem seu charme, mas nada muito bom (quem se esforça para construir um personagem num filme como esse?). Não tem como analisar a atuação dos esquilos, mesmo tendo bons atores fazendo as vozes.

Veredicto: Isso é o que eles entendem por diversão para a família hoje em dia, pessoas batendo com a cabeça no chão sem contexto nenhum. O negócio é que eles vão continuar fazendo filmes mediócres, e as pessoas vão continuar dando dinheiro para esse caras. Então dê preferência à qualquer filme de Pixar antes de começar à ver esse aqui.

Nota:1/5

Crítica: Toy Story (1995)

Por:Dimitri Yuri

A Pixar tem uma filmografia impecável, mas mesmo com dez filmes, o primeiro filme animado pode ainda ser o seu melhor (Toy Story 2 e 3 também estão na briga). Este filme mostra algum tipo de magia que eu não posso explicar, e só me fascina. Você fica amigo daqueles brinquedos e se preocupa com o seu propósito, sem falar que a ideia de um mundo dos brinquedos, é muito bem concebida pelo roteiro de Pete Docter e John Lasseter e companhia, mostrando uma criatividade além do comum.

O filme mostra a vida dos brinquedos de Andy, vivendo sua realidade, que é o quarto do garoto. Woody (Hanks) é como se fosse o coordenador de tudo, como um síndico do quarto, mas quando um novo boneco, Buzz Lightyear (Allen), chega e começa a ganhar a simpatia de Andy e dos outros bonecos, a liderança de Woody está ameaçada. Após um acidente onde Buzz cai da janela, todos pensam que Woody o matou, então cabe a ele tentar achar Buzz e contar para seus amigos a verdade. Mas quando ele finalmente acha Buzz, ele tem mais dois desafios, chegar a salvo em casa antes da mudança, e aturar Buzz até lá. Até que inesperadamente começa uma amizade entre os dois bonecos.


A direção é muito inteligente, parece que uma criança deu dicas para Lassseter, pois ele mostra exatamente o que um garotinho gostaria de ver num filme. Suas cores fortes, fazem você reconhecer que aquele é um mundo mágico, diferente de “Wall-E” que a primeira hora de filme nem parece muito com um filme animado (não que isso seja um defeito). E as cenas de ação são bem impressionantes, bem filmadas e simples (embora as de “Os Incríveis” sejam muito melhores, mas o filme era mais de ação, esse aqui é mais infantil)

Revolucionário, "Toy Story" foi o primeiro de todos os grandes filme de animação totalmente computadorizada (um triunfo da computação gráfica) . Seu elenco de voz é simplesmente perfeito, Tom Hanks e Tim Allen dão performances memoráveis (como a cena em que Woody grita com Buzz "Você é um brinquedo!"), e apresentam uma química que torna este filme inesquecível. A animação em si é boa, embora hoje em dia as animações são bem mais detalhadas e os movimentos fluem melhor. A trilha sonora por Randy Newman é empolgante, e dá um toque decisivo à cenas animadas e para a tristes também.

Mas essa não é a melhor parte. Os problemas e dilemas que a experienciam os personagens, são tão bons, que a sua simplicidade desperta a criança em você, e te dá uma divertida vontade de entrar na história e brincar com aqueles personagens . Também a situação em que Woody tem de provar aos seus "Ex-amigos" que ele não matou Buzz, é bem séria para um filme de criança, o que contrasta com outros dilemas bobinhos, mas sempre cativantes. Sem nunca deixar de ter piadas e alusões para os adultos rirem, e são muitos momentos engraçados. O roteiro apresenta alguns furinhos (se Buzz acha que ele é realmente um patrulheiro espacial, porque ele finge ser um brinquedo quando um ser humano chega perto?)

Veredicto: Esse filme é mágico, desafia sua imaginação à acompanha-lo, com um elenco de voz perfeito, e cativante roteiro. São bonecos com vida! É Disney! É Pixar!

Nota:4.5/5

Crítica: 2001: Uma Odisseia no Espaço (2001: A Space Odissey. 1968)

Por:Dimitri Yuri

Na minha crítica de "Avatar", eu escrevi que efeitos especiais somente, não fazem um bom filme. Então eu posso soar controverso, quando eu disser que o roteiro desse filme pode não ter um propósito à princípio (Mas se você se aprofundar você acha coisas bem interessantes), e algumas pessoas até hoje não veem um grande significado, mas o filme não se preocupa com isso. É muito bem trabalhado exatamente pelo fato de não se preocupar em explicar tudo, e enquanto “Avatar” se concentra muito em mandar mensagens idiotas, esse aqui deita e rola, indiferente e muito confiante. Esse é o mais perto que um filme de ficção científica chegará de ser Arte...

O filme começa na era do primatas, onde os macacos são confrontados por um estranho monólito preto, que aparentemente é de origem extraterrestre, e com o contato com os macacos, “ensina-os” que os ossos podem ser usados como armas. Aí nós pulamos milhões de anos e vemos um nave espacial numa expedição para a lua, numa missão para estudar esse misterioso monólito negro, que reapareceu, que descobrem que ele está recebendo um sinal magnético perto de Júpiter. Depois saltamos para outra expedição, desta vez para investigar a origem desse sinal magnético (Que eles especulam ser alienígena), mas HAL,o computador que controla a espaçonave parece ter um falhado, colocando em risco a vida de dois astronautas, que tentam “driblar” o computador para continuar vivos.


Ninguém pode criar uma fotografia e atmosfera como Kubrick fazia, ele mostra uma nave pousando por 15 minutos e você ainda assim acha magnífico, é mais bonito e realista do que muitos que efeitos especiais que vemos em alguns filmes de hoje em dia (É maravilhoso). A música é perfeita, clássica, memorável. Tudo que acontece na tela é muito artístico, e apesar dele ter um pouco daqueles delírios de roteiro (Como o final por exemplo), precisam de muita reflexão para ser entendido, e por isso, muitos não vão aguentar ver tudo. O roteiro, mesmo não tendo muitas falas, não deixa de ter seus momentos memoráveis, comandados pela atmosfera de Kubrick, como todo o capítulo do conflito entre HAL e os astronautas, que traz cenas que você vê até desenhos animados imitando hoje em dia. Mas o espetáculo visual sempre prevalece. E mesmo o roteiro parecendo completamente maluco às vezes, no final, aquelas diferentes história, fazem sentido, mesmo que necessitem de muito raciocínio (Bem recompensador quando você consegue).

No ramo de Moda, o estilista faz um vestido que não é necessariamente usável, mas ele coloca tendências, que inspiraram outros as fazer outra roupas e assim por diante. Eu acho que foi isso que Kubrick quis fazer, quis mostrar que ele sabia tanto de cinema que fez um filme que exibia tendências para inspirar outros, e ele acertou, pois você não consegue encontrar um filme de ficção científica hoje que não tem nada de "2001: Uma Odisseia no Espaço". E mesmo com o seu ritmo lento, você nunca quer parar de assistir, apesar de em alguns momentos ele exagerar (Como quando ficam cores vindo na tela por quinze minutos). Aí toda vez que eu lembro dele, e vou separando cena por cena, eu consigo ver quanto o filme é magnífico, ele chama você pra meditar de um jeito que nenhum filme jamais conseguiu (NENHUM!). Te faz pensar de onde você veio, e o que ele está tentando propor. Te leva para um outro nível, você esquece os mocinhos e ou vilões, e aborda coisas muito mais sérias e filosóficas (A própria filosofia do filme não é muito sofisticada, mas o que ele motiva você a pensar, sim, é o mais interessante).

Veredicto: Como qualquer filme de Kubrick, a atmosfera é hipnotizante. Cada cena deste filme é memorável e clássica, necessário para todo cinéfilo. Uma verdadeira obra de arte!

Nota:5/5

Crítica: Recém-Formada (Post Grad, 2009)

Por:Dimitri Yuri

“Recém-Formada” sofre do mesmo problema que quase todas as comédias-românticas de hoje em dia, não é engraçada, e o romance também não é lá essas coisas. Pelo quesito direção e roteiro esse filme mereceria um grande “0”, mas ele tem atuações carismáticas, mesmo não sendo boas (principalmente pela protagonista Alexis Bledel) . O problema é que em geral, ele desafia a sua inteligência, tratando você como uma garotinha de doze anos de idade.

Ryden Malby (Alexis Blebel) termina a faculdade, mas suas esperanças de trabalho vão pelo ralo, a fazendo voltar a morar com sua família maluca. Seu melhor amigo Adam (Gilford) é apaixonado por ela, apesar dela não sentir o mesmo por ele. Ela vacila com ele, e ele decide ir para a faculdade em Nova York, e... Preciso mesmo contar o resto?


Logo na primeira cena já percebemos uma besteira do lado da direção, a introdução que era pra ser estilosa, não funcionou muito bem, extremamente artificial e sem graça. O filme tenta ser um “Legalmente Loira” (que já não é essas coisas), mas não sucede. E falando nisso, ele tenta imitar muitos filmes e não dá certo, a família de Ryden tenta ser divertida igual a de “Pequena Miss Sunshine”, e não tem graça nenhuma. E tem um momento deprimente onde Michael Keaton diz “Fivelas!” imitando o famoso “Plásticos” de “A Primeira Noite de um Homem”, mas não chega nem perto do mesmo efeito que teve no clássico dos anos sessenta.

O roteiro é muito mal trabalhado (se você o usasse como papel higiênico ele talvez fosse mais impactante). Com momentos péssimos, como a entrevista de emprego no início do filme, que toca aquela música dramática e Ryden diz que aquele é o sonho dela e que ela sempre gostou de livros, mas até então nós não a vimos lendo um livro sequer, então a cena não significa nada. E você não tem credibilidade na competência da protagonista (porque você confiaria numa pessoa que passa um cheque de 30 mil dólares, contando que conseguirá um emprego que ainda nem fez entrevista?). Mas o pior é que, considerando que é uma comédia, eu não ri uma única vez (nenhuma vez!!). Eles acham que pessoas pisando em cocô de gato é engraçado. E a previsibilidade faz com que você não espere para o final do filme, que também não impressiona. Os dilemas que os personagens enfrentam são tão estúpidos e cliches (eu não entendo porque alguem imita outros roteiros igualmente fracos, ao invés de copiar os bons), que você não está nem aí para o que vai acontecer.

Alexis Bledel não impressiona muito com a sua atuação, apesar de ter um ar meigo e ser muito bonita. Ela não conseguiu estabelecer uma química muito boa com Zach Gilford, mas são “passáveis”. Michael Keaton e Jane Lynch (que são ótimos atores), estão bem, mas não tem graça nenhuma! É deprimente vez Keaton fazer filmes como esse. O nosso compatriota Rodrigo Santoro não tem muita falas (por causa do sotaque) mas com as poucas falas que tem já mostra que não está no mesmo nível que os outros atores, seu personagem não se sobressai em cena, e você nem lembra muito dele quando o filme termina.

Veredicto: Se você tiver que ver uma comédia-romântica atual com a sua mulher ou namorada, veja “500 Dias com Ela” ou até o mediano “Amor Sem Escalas”. Pois mesmo com atores bonzinhos, o filme é um insulto a sua inteligência, sem graça nenhuma, e muito previsível.

Nota:2/5

Crítica: O Feitiço do Tempo (Groudhog Day, 1993)

Por:Dimitri Yuri

Porquê não fazem mais filmes como esse? Acho que em algum momento alguém decretou que todas as comédias-românticas tem que ter aquela mesma histórinha, onde o cara bonitão (obrigatório) a mulher é maravilhosa se apaixonam. Tudo bem até aí, o problema é que elas não engraçadas. As piadas consistem em pessoas caindo no chão e batendo a cabeça na parede. Pode até ter sido bom algumas vezes. Mas alguem podia imitar esse filme, que tem um roteiro muito criativo, é extremamente engraçado, e tem um lindo romance...

Phil é um repórter cansado de sua vida, e muito egocêntrico, trata seus ajudantes como servos, se enganando que ele é uma celebridade. Todo ano ele tem que fazer uma matéria sobre o “Dia da Marmota” (uma festividade que acontece numa cidadezinha americana), o problema é que esse dia (o pior de vida de Phil), está se repetindo sempre, mas só Phil vive isso. E após descobrir que nada que ele fizer o dará um “amanhã”, ele começa a simplesmente aproveitar a vida, e fazer coisas que ninguém nunca faria na normalmente (como dirigir no trilho do trem). O problema é que isso passa uma hora, quando ele começa a se apaixonar por sua colega de trabalho (Andie MacDowell). Mas ele só tem um dia pra conquista-la.


Ele já começa contrariando essa nova fórmula, pois o “galã” do filme é Bill Murray (que está longe de ser bonito). E ele, como sempre, é sensacional, provando mais uma vez que é muito versátil nessa transição cômico-dramática. Solta suas falas como um veterano, que sabe exatamente o que faz, e isso adiciona um charme e um tempo cômico diferente (Muito mais engraçado que pessoas caindo da escada, ou tomando um chute no saco). Andie Mcdowell não é sensacional, mas ela faz a sua personagem bem real, e amável (Necessário, pois caso contrário, você não acreditaria naquele romance). Mas todo os atores do elenco de apoio são muito engraçados, principalmente Stephen Tobolowsky, como Ned, que com duas ou três aparições já faz um personagem memorável.

A direção de Harold Ramis (Que tinha atuado com Murray em “Os Caça Fanstasmas”) faz também um bom trabalho (apesar de ter se destacado mais como o escritor), ajudando a criar uma ótima simetria que faz você reconhecer os mesmos elementos todos os dias, e usa os cortes secos para mostrar as diferentes tentativas de Murray de conseguir alguma coisa (Seja uma mulher, uma mulher, ou até uma mulher). E de certa forma ele deu um ar de original para o filme.

Esse filme me lembrou à “A Felicidade Não se Compra”, o clássico de Frank Capra, principalmente pela originalidade do roteiro, e pelas suas mensagens realmente boas. Fazem você se sentir feliz e satisfeito quando o filme termina. Mas não podemos esquecer das piadas, que são inteligentes, e muito engraçadas, como todos os encontros de Phil com Ned, ou em algumas horas onde ele resolve aproveitar a vida. Isso mostra a competência do roteiro de Harold Ramis e Danny Rubin, que acertaram em cheio em quase todos os elementos. Frases como “Eu adoraria ficar aqui e conversar com você, mas eu não vou.”, pega coisas clichés e transformam elas em clássicas instantaneamente. Isso é o charme desse filme, que qualquer leigo consegue perceber que tem algo a mais. E perceba no filme “O Vidente” com Nicholas Cage, que conquista Jessica Biel, usando a mesma técnica que Bill Murray usa aqui, pois aí já podemos falar que esse filme é um clássico, e inspirou todos esse filmes que envolvem controle do tempo. A transformação do personagem principal entre um sujeito egocêntrico para um homem generoso é de uma profundidade rara nos novos "Rom-Coms".

Veredicto: O verdadeiro significado de Comédia-Romântica, pois é engraçado demais, e possúi um belo romance (pode parecer simples, mas você simplesmente não vê mais hoje em dia). Um roteiro criativo, e inovador. Uma diversão completa.

Nota:5/5

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Crítica: Percy Jackson e o Ladrão de Raios (Percy Jackson and the Olympians: The Lightning Thief, 2010)

Por:Dimitri Yuri

Fui ao cinema com meus amigos para ver este filme. Eu queria assistir "Coração Louco", mas não, eu fui forçado à assistir essa besteira, que é o filme de Chris Columbus baseado no livro de Rick Riordan. Agora, como pode uma pessoa fazer um trabalho ruim como esse, tendo a vasta mitologia grega como base, é algo que a minha mente não consegue calcular (é só tomar como exemplo o recente “Fúria de Titãs”, em que as referências mitológicas são o quê salvam o filme). O diretor fez algo difícil, difícil de assistir!

Percy Jackson leva uma vida normal, até que descobre não só que é o filho de Poseidon (Kevin McKidd), mas que está sendo acusado por Zeus (Sean Bean) de roubar seu raio. Após passar por um treinamento no acampamento dos semi-deuses, ele, um sátiro e a filha de Atena, partem em uma busca para descobrir quem roubou o “Raio de Zeus”.


Logo no início, vemos uma sequencia de Zeus conversando com Poseidon, que mais parece uma peça de teatro do que um filme (eles falam epicamente, coisas que uma criança falaria). E então somos apresentados a Percy Jackson que misteriosamente pode ficar sete minutos debaixo d'água, e tem dislexia. Vamos pular para sequencia em que ele finalmente descobre que há algo errado com ele, quando a sua professora se transforma em uma coisa alada gigante, feita com um péssimo CGI e descobrimos que ele é filho de Poseidon, que seu melhor amigo é um sátiro que está lá para protegê-lo, e ele esconde as pernas de cabra com calça jeans, sapatos e uma muleta (Pelo amor de Deus!). E que Zeus o está acusando de ter roubado seu raio.

Então ele vai para este campo, onde só há Semi-deuses e treinam para ser grandes guerreiros, e vemos aquelas longas cenas de treinamento com espada, em que você nunca sabe se é só um treino, porque se é só pra ser uma "brincadeira", os movimentos pareciam muito rápidos e reais. Isso não é muito perigoso? Porque essa técnica grega antiga me parece um pouco estúpida, pois você pode matar futuros grandes guerreiros antes da primeira semana de treinamento acabar. Então por aí (primeira meia-hora de filme) já podemos ver que o roteiro é repleto de falhas.

Uma Thurman interpretando Medusa é pra dar risada, sinceramente. Ora, ela parece mais uma prostituta de luxo do que uma criatura mitológica. E essa visão de Columbus de ver essa suposta besta, com casaco do couro, e um óculos Ray-Ban não colou bem no filme. A atuação também não é boa, apesar de Logan Lerman ser bom como Percy. Pierce Brosnan está muito estranho em seu papel, que parece ter sido escrito para outra pessoa (Liam Neeson se encaixaria bem). Jake Abel é horroroso, parece que nem passou por uma escola de atuação, e nunca parece real. O resto "não fede nem cheira"...

Outra coisa ruim, No final, vemos que a mãe de Percy foi, durante todo esse tempo, casada com um idiota, porque o seu cheiro de cerveja ajudava à repelir o cheiro de sangue semi-deus de Percy, e os deuses não iriam encontrá-lo (Será que eles realmente queriam que eu caísse nesta?). Muito poderosos esses deuses, que não conseguem sentir o cheiro do próprio filho pois está disfarçado por um homem fedido à álcool (Joe Pantoliano).

Veredicto: Chris Columbus fez a façanha de destruir um filme que tem a mitologia grega em sua base, que vergonha! Esse filme só merece 1 estrela porque tem "Highway to Hell" na trilha sonora.

Nota:1/5

Crítica: Perdidos na Noite (Midnight Cowboy, 1969)

Por:Dimitri Yuri

"Perdidos na Moite" é um filme que não é todo bom, mesmo assim, quando acaba você sente que ele realmente tocou você (algo que exigi bastante técnica), porque o filme tem um início e final muito bons, o problema é que parece que não se importam muito sobre o seu meio (Que fica muito cansativo e longo). Mas quando você dá uma analisada geral, você vê que muitas de suas cenas te marcaram, e as atuações foram excelentes.

Joe Buck é um vaqueiro caipira do interior, que decide ir para a cidade grande para se prostituir, na esperança de ganhar rios de dinheiro, mas ao chegar lá e tentar (fracassadamente) conseguir um emprego, descobre que a vida na metrópole é muito mais difícil. É aí que ele conhece Ratso, um caloteiro que também vive precariamente, após um primeiro desentendimento, eles começam a ficar amigos, e se ajudar na situação difícil que se encontram, essa amizade improvável vai crescendo conforme sua situação vai piorando.


Embora o desempenho Voight às vezes pode parecer um pouco idiota demais, é carismático, e sim, muito bom. Mas o que realmente sobressai é performance de Hoffman, que faz seu personagem muito interessante, as vezes durão e às vezes muito emocional (olhe para a cena do cemitério, por exemplo), e você nunca sabe se ele realmente gosta do bobo Cowboy, ou se ele está tentando usá-lo para ganhar o seu "mony". Mas fica até injusto comparar as duas atuações pois Hoffman tem muito mais talento que Voight (Só olhar a filmografia dos dois, e fazer uma comparação de quantos grandes papeis eles já fizeram) , apesar do último fazer um excelente trabalho. Esse dois dominam a tela quase o filme inteiro.

Houve algumas cenas no filme que eu realmente achei chatas, como a cena de sexo selvagem entre Cass e Buck (usada para retratar até aonde ele iria pelo dinheiro, algo que já tinha sido feito em uma outra cena no cinema), ou a da festa maluca em que eles entram (Que é muito longa e não mostra nada muito importante, além de dar um pouco de dor de cabeça), mas também há cenas muito fortes, como aquela com Buck e do adolescente gay, que mostra o quão desesperado Buck está para ganhar dinheiro, e você verá o quanto ele está desconfortável por fazer isso. Essas imagens precárias e desesperadas são realmente raras no cinema mundial, sem falar que essa visão pessimista da sociedade é muito admirada por críticos e etc (que, apesar de não ser verdade, tem um certo charme de assistir).

Algumas cenas realmente te incomodam, como as cenas da cozinha com as panelas sujas, porque você vê o quão decadente aquelas pessoas vivem, e às vezes você se sente uma pena profunda por tudo aquilo. A última (e mais impactante cena) realmente toca você, a imagem dos dois amigos, depois de ter passado por tanta coisa, abraçados no ônibus, e assim mostrando como era verdadeira toda aquela amizade, é certamente uma das mais tocantes que você já viu. E quando um filme tem um efeito desse em você, ruim ele não foi.

Veredicto: As vezes ele pode parecer cansativo, e muito perturbador, mas suas fortes imagens são uma coisa única no cinema, e a AFI não o colocou na lista dos 100 melhores de todos os tempos a toa. Sem falar das suas atuações fascinantes, portanto vale muito a pena de assisti-lo.

Nota:4/5

Crítica: Avatar (2009)

Por:Dimitri Yuri

Eu fui ver esse filme com a esperança dele ser o melhor filme de ficção científica já feito. Acabou que ele é tão repleto de falhas, que o visual excelente não compensa, fazendo um longa que eu acho um insulto ter sido indicado ao Oscar. E suas políticas ambientalistas e anti-guerra possuem argumentos tão ridículos, que a única coisa que sobra são quinhentos milhões de reais (250 milhões de dólares) gastos em efeitos visuais.

Jake Sully (Worthington) é um ex-fuzileiro paraplégico, que após a morte de seu irmão, é convidado para fazer parte do programa de Avatares no planeta Pandora, que consiste em controlar um outro soldado (Azul e com quatro metros de altura) por um meio telepático. Esse soldados são misturados com o DNA dos Na'Vi, que são a população do planeta Pandora, e eles são usados para buscar contato pacífico com os nativos de planeta. Os militares buscam nesse planeta, um tipo de mineral chamado Unobtânio (não, eu não estou brincando), o problema é que o maior depósito do mineral está logo embaixo da enorme árvore, que os Na'Vi tem como casa.


As pessoas estão dizendo que mesmo com um roteiro medíocre e tão cheio de clichês (às vezes eu descobri qual seria a próxima fala, deprimente), é uma maravilha visual e uma revolução para o cinema, bom, se essa é a revolução, eu não quero ver mais filmes novos. De 1900 à 1950, alguns dos melhores filmes da história foram feitos, e quase nenhum deles tinham efeitos visuais. Aí muita gente (até quem idolatra o filme) concordam que o roteiro é muito fraco e que a atuação também é ruim (Com a exceção de Stephen Lang). Ora, mas aí não sobra mais nada, não é motivo para indicar o filme ao Oscar ou para dizer que é o melhor filme do ano. E apesar do início ser promissor (o discurso preparatório de Quaritch é muito bom) , ele desanda depois da primeira meia-hora.

Quase nenhum personagem "colou". Tinha o Coronel Malvado (Que misteriosamente era a figura mais sensata do filme), o empresário "ganancioso", a médica que quer proteger os animais e as suas culturas (parece mais um conto de fadas. Eles gastaram 250 milhões de dólares fazendo um filme, e no final eles dizem: "Proteja o Verde!!", "O meu mundo não é verde! O homem destruiu!". Você não acha que meio controverso, e até hipócrita?. Aqueles aliens, como dito logo no início do filme, atacam qualquer coisa que passa na frente deles (O fato do nosso protagonista não ter sido morto foi um milagre de “Eywa”), e eles querem protegê-los. Bom, então eles são mais suicidas do que ambientalistas.

Agora vamos falar sobre os efeitos especiais, claro que eles são excelentes, o CGI é perfeito. Pena que é tudo em 3D, que, o que acaba distorcendo algumas cena, acaba com a profundidade de campo e dá dor de cabeça à alguns. Mas os furinhos de roteiro e falas muito melodramáticas ("I see you!"). Ainda houve um momento no filme que eu realmente ri, foi a luta entre o Avatar Jake e robô gigante de Quaritch, quero dizer, ele é um robô gigante cheio de armas e todas aquelas coisas, e ele carrega uma faca gigante... Deve ser para preparar um pão com manteiga gigante quando o robô estiver com fome.

Aí chegam os críticos e dizem que foi muito bom porque ele pegou o “Dança com Lobos”, e colocou no planeta Pandora. Mas isso não é vantagem nem mérito nenhum, meu caro! Ele imita a história de um outro filme (Que já não é lá essas coisas), com um pouco mais de coisas explodindo, e o pessoal aclama. Ora, se vai imitar a história de um filme, pegue um filme realmente bom, como “O Poderoso Chefão” (Imagine Don Corleone azul e com força sobre-humana, eu pagaria pra ver esse filme.).

Veredicto: Acabo de provar que esse filme é medíocre, pois se concordamos que não tem um roteiro bom, atuações dignas, e o visual não compensa, sobra o quê?

Nota:2/5

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Crítica: Um Sonho de Liberdade (The Shawshank Redemption, 1994)

Por: Dimitri Yuri

Pequenas falhas não fazem este magnífico filme deixar de ser excelente. Pois quando ele acaba você tem aquela sensação de felicidade e emoção, como você também tem em filmes como “A Vida é Bela”(Mesmo o final sendo um pouco triste), e Beleza Americana (O filme em sí não é maravilhoso, mas seus minutos finais o tornam inesquecíveis). E não é bom ser comovido por um filme desta maneira?

Andy Dufresne (Tim Robbins) é um banqueiro de sucesso, mas quando numa noite, encontra sua mulher morta ao lado do amante, é sentenciado injustamente para prisão perpétua, sendo acusado dos assassinatos. Na cadeia, começa a fazer amizades com os prisioneiros, principalmente com Red (Morgan Freeman), e logo se tornam grandes companheiros. Mas o corrupto diretor da prisão obriga Andy a fazer um esquema ilegal de lavagem de dinheiro, que se Andy recusar, sua estadia na prisão será muito mais difícil.

Em sua primeiras e elegantes cenas, vemos Andy Dufresne encontrar a esposa e seu amante mortos, e depois Andy sendo falsamente acusado de assassinato e condenado à prisão. Estas primeiras cenas, embora boas, não são muito importantes para o filme, porque o filme não gira em torno das falsas acusações contra Andy (Nós sabemos disso desde o início), e sim sobre o que ele aprende e ensina dentro da prisão, e sua amizade com Red. E apesar de parecer que não parecer que tem muito a contar, você se surpreenderá, principalmente com o seu incrível final.

Embora o desempenho Robbins não seja excelente, ele dá ao personagem um ar de tristeza (Perfeitamente aceitável para um personagem que foi sentenciado a passar toda a sua vida na cadeia, sem ter feito nada de errado), e é enigmático em quase todas as cenas do filme, pois você não sabe se ele está profundamente irritado por estar lá sem precisar, ou angustiado, pois não consegue achar um jeito de sair. O problema é que as vezes suas expressões podem ficar cansativas e repetidas. Diferente de Freeman (Cativante como sempre), que muda seu estado emocional muito mais que Dufresne (Eles realmente tinha que pegar o ator mais carismático possivel).

Apesar do fato de que este filme não é muito original, e quando eu digo isso, eu estou me lembrando que teve uma série de elementos de "Fuga de Alcatraz" de Don Siegel (Pode até ser coincidência, mas você não acha que corvo de Brooks é muito semelhante do rato de “Fuga de Alcatraz”?), mas mesmo assim ele disfarça um pouco, porque ele te deixa muito preso em sua intrigante história. Não houve um único momento em todo o filme que eu achei chato, ou que eu passo quando estou re-assistindo, e esse filme é relativamente longo. Ele pega as fórmulas que já tiveram sucesso antes trabalha bem elas, o resultado é uma coisa relativamente inovador.

Apesar da clara idéia anti-cristã presente em quase todas as obras de Stephen King (eu digo isso pois o vilão cita a bíblia de meia em meia hora). Ela até acrescenta um pouco sobre o filme, porque a má interpretação das religiões (ideias diluidas muito comuns hoje em dia). É uma pena que ele não descuta com mais profundidade o que é realmente importante nesse assunto (mas também a chance deles falarem mais besteiras, e piorarem o filme era grande).

Veredicto: Com uma comovente história poderosa, personagens carismáticos (Especialmente Freeman), este filme é um excelente estudo de grande agonia, amizade, e ainda é uma linda história.

Nota: 5/5

Crítica: Doze Homens e uma Sentença (12 Angry Men,1957)

Por:Dimitri Yuri

Como pode uma pessoa fazer um filme que é todo filmado em um único cômodo e nunca fica chato? Bem, pergunte para Sidney Lumet. Esse diretor, já demonstrando maturidade em seu primeiro filme, fez um clássico, um dos filmes mais aclamados de todos os tempos, com um quartinho, doze atores e um roteiro formidável.

O filme todo se passa em um único cômodo (não tem como revisar esse filme sem martelar nesse aspecto), uma sala de júri, onde eles tentam chegar a uma decisão. Mas enquanto todos os jurados estão convictos de que o réu é culpado, o jurado de número 8 (Henry Fonda) diz que ele ainda não está certo de sua decisão e acha que está errado decidir a vida de um homem sem ao menos haver uma discussão, isso provoca a maioria dos outros jurados, e enquanto todos eles tentam convencê-lo de que o acusado realmente cometeu o crime, eles mesmo começam a perceber que há espaço para uma dúvida razoável (O que faria com que a sentença certa fosse Inocente).


Em uma de suas primeiras cenas, onde haviam onze jurados votando culpado, e apenas um dizendo o contrário, eu pensei: "É impossível, não há nenhuma maneira que em apenas uma sala, um único homem consiga convencer os onze jurados que há uma dúvida razoável para não sentenciar o homem”, mas felizmente não é, você vai ver. E este é o elemento mais importante deste filme, caso contrário, todo mundo ia estar pensando: "Que idéia estúpida essa, de fazer um filme todo em um só cômodo, é um muito chato ", mas o roteiro é tão bem trabalhado que você não consegue desgrudar da tela. Sua divisão de atos foi muito bem adaptada para o formato do filme, com clímaxes ao final de cada ato e pausas, do jeito que tem que ser.

Não é justo tirar o méritos de suas atuações (Mesmo sabendo que o enredo é o mais importante no filme), que com a ajuda do excelente diálogo, construíram doze diferentes personagens sem nenhum deles ser uni-dimensional, e que representam diferentes tipos de pessoas na sociedade, há o ranzinza, tem aquele que só se preocupa em conseguir assistir ao jogo de futebol, o velho sábio e muito mais (um detalhe é que eles fazem isso sem os personagens serem clichés). Se eu for falar de todo seu elenco, vou gastar muito tempo, e vai ficar cansativo de ler, então só vou dizer que Henry Fonda e Lee J. Cobb (Os príncipais) merecem destaque, e vocês verão porque.

Este filme é o melhor exemplo de que cenas de ação e efeitos visuais não estão nem perto der ser o elemento mais importante de grandes filmes (é claro que existem exceções). Pois você termina o filme sentindo que foi uma experiência completa, e nele não há nem sequer uma mudança de sala, os ângulos de câmera são muito simples, e fluem perfeitamente. Algumas coisas não se aplicariam numa sala de juri (como apresentar nova evidência), mas você está tão preso na história, que isso não prejudica a experiência.

Veredicto: Você pode assistir a este filme uma dúzia de vezes, e você não vai encontrar uma dúvida razoável para não vê-lo de novo. Está em um nível superior de cinema e técnica narrativa, esse filme é necessário.

Nota:5/5

Dicas de filmes

Aqui estão alguns filmes que todo cinéfilo tem a obrigação de ver. Eu já vi todos, e a maioria vi mais de uma vez, e aprendo mais sobre cinema a cada vez que os vejo:

O Poderoso Chefão (The Godfather, 1972)
Os Bons Companheiros (The Goodfellas, 1990)
Pulp Fiction (1994)
Doze Homens e Uma Sentença (12 Angry Men, 1957)
Fuga à Meia-Noite (Midnight Run, 1988)
Taxi Driver (1976)
A Outra História Americana (American History X, 1998)
Beleza Americana (American Beauty, 1999)
Cassino (Casino, 1995)
Amnésia (Memento, 2000)
O Silêncio dos Inocentes (The Silence of the Lambs, 1991)
Um Sonho de Liberdade (The Shawshank Redemption, 1994)
Casablanca (1950)
Cidadão Kane (Citizen Kane, 1941)
A Janela Indiscreta (Rear Window, 1954)
Psicose (Psycho, 1960)
Touro Indomável (Raging Bull, 1980)
Apertem os Cintos o Piloto Sumiu (Airplane!, 1980)
Golpe de Mestre (The Sting, 1973)
Onde os Fracos Não Tem Vez (No Country for Old Man, 2007)
Toy Story (1995)

Por enquanto são esses que eu tenho em mente, se aparecer mais algum eu faço mais um post. Mas podem confiar que todos esse são bons, e se você ver essa lista toda você já adquire um bom conhecimento sobre cinema. Depois eu passo pros mais clássicos.

Crítica: Fúria de Titãns (Clash of the Titans, 2010)

Por:Dimitri Yuri

Esta é uma análise bem difícil de escrever, porque você não tem muito o que falar. Não houve um monte de coisas ruins nele, e os bons momentos também foram escassos. Mas só de ver todos esses personagens mitológicos, juntos em um filme, e por causa da cinematografia incrível, você percebe que vale a pena pagar para ver o filme.

Perseu (Sam Worthington), filho de Zeus (Liam Neeson), mas criado por um pescador que foi morto por Hades (Ralph Fiennes), tentar vingar a morte de seu pai. Mas quando é salvo pelo exército de Argos, e Hades anúncia que se eles não sacrificarem a princesa, ele soltará o temido Kraken, Perseu se une a um grupo de bravos soldados, para conseguir a arma necessária para derrotar o enorme monstro. Mas os deuses colocaram alguns obstáculos no caminho, e a situação dos soldados se complica.


O trabalho de Louis Leterrier não se destaca nesse filme, ele escolhe alguns momentos errados para usar o CGI (como o rosto da Medusa, que poderia ter um resultado bem melhor com uma boa maquiagem), mas ele também tem seus bons momentos (todas as aparições de Hades). O que realmente se destaca neste longa é a cinematografia por Peter Menzies Jr. (que já tinha trabalhado com Leterrier no mediano "O Incrível Hulk"). Todos os cenários são incrivelmente bonitos, grandiosos, e ele realmente nos dá a sensação da Grécia antiga, o trabalho deste homem é o que faz seu dinheiro bem gasto.

Agora vamos falar sobre a parte ruim, o roteiro. Primeiro de tudo, eu já não esperava muito de um roteiro Travis Beachman ("Dog Days of Summer"), Phil Hay e Matt Manfredi (Aeon Flux). Todas as linhas tentam ser épicas, e no final não houve nem uma que merecesse destaque. Eles derrotaram escorpiões gigantes, a Medusa, e mais uma dúzia de monstros mitológicos, sem ao menos parecer que foi uma tarefa difícil. Tudo aconteceu muito rápido. E nenhum alivio cômico funcionou. Em um filme que não é nem um pouco obscuro, esta é uma falha grande.

A atuação não é ruim, mas não é boa também, cada personagem é... o correto a dizer é "Nhaaaa" (Com a excepção de Hades), Liam Neeson, que é sem dúvida um excelente ator, não se sobressaiu muito neste, Worthington faz aquilo que ele sempre faz, e parece que ele nunca vai conseguir inovar seus personagens, não é tão carismático (O quê era necessário para esse papel), e as vezes fala coisas banais, com um aspecto de grande descoberta. Gemma Arterton só está por sua beleza (o que é totalmente explicável), mas o seu personagem "sem sal" nem deixa ela aproveitar muito o que tem.

Veredicto: Não é um filme ruim, sua excelente cinematografia faz valer a pena assistir, mas as atuações fraquinhas, e o roteiro mal feito, fazem com que não seja memorável.

Nota:3/5

Crítica: O Cavaleiro das Trevas (The Dark Knight, 2008)

Por:Dimitri Yuri

É difícil para mim dar 5 estrelas para um filme baseado em quadrinhos. Mas pela complexidade do novo filme de Christopher Nolan, e por ser a primeira vez que ela é inserida em um filme do gênero, esse filme merece mais reconhecimento que os outros. Sem falar que tem atuações e cenas de ação sensacionais.

Gotham City está melhorando gradualmente, e Batman (Bale) continua combatendo o crime. Mas a aparição de um promotor chamando Harvey Dent (Eckhart), que parece ser tão eficaz quanto Batman, no sentido de colocar bandidos na cadeia, pode ser a chave para a aposentadoria de Bruce Wayne do cargo de Cavaleiro Negro de Gotham, e com isso, finalmente poder ficar junto de Rachel, que coincidentemente é a atual namorada de Dent. Só que um bandido maníaco chamado Coringa (Ledger), está colocando os cidadãos de Gotham em pânico, e fazendo ameaças à Batman. Então cabe ao nosso herói, mais uma vez, salvar a cidade desse Insano criminoso.


Logo no início, vemos Coringa roubando um banco com um plano que é, para mim, tão bom como o plano final de "Onze Homens o um Segredo” . E esta é apenas a primeira cena, você vai ver pelo menos dois planos igualmente brilhantes. A filosofia do palhaço é tão bem feita, que às vezes você esquece que ele é apenas um maníaco, e até acha que ele está certo, tornando a tarefa do herói se torna muito mais complicada. O dilema vivido por Bruce Wayne também é muito bem elaborado.

Apesar do fato de Cristian Bale não ser muito bom interpretando Bruce Wayne, ele não é assim tão mau (Só exagera muito na voz grossa, e fica estranho às vezes), ele está apenas lá. Agora vamos falar sobre o desempenho de Ledger, é claro que merecia o Oscar, é claro que é incrível, mas eu acho que não foi só ele que fez esse grande personagem, quero dizer, quase todas as falas que saem da boca do palhaço são memoráveis ! Não só por causa de Ledger, por causa do excelente roteiro. Outros nomes, como Gary Oldman, Morgan Freeman (como sempre carismático) e Michael Caine dispensam apresentações, e estão todos muito bem. Outro que surpeende é Aaron Eckhart, parece compentente o suficiente para Batman poder se aposentar.

Nolan como todos nós sabemos, é um grande diretor, com uma técnica narrativa tremenda (pode ser melhor notada em "Amnésia"). Ele também escolhe bem por não usar muitos esfeitos especiais no filme, ele opta por realmente fazer os stunts mesmo que custe mais caro (detalhe, a cena da perseguição no tunel, foi feita em grande parte, com carrinhos de minaturas). Esse realismo contribúi mais ainda para a realidade dos problemas lidados no filme (mesmo quando estamos falando de um filme de super herói).

Como o crítico Pablo Villaça disse: "Ver a figura vulnerável e trágica de Batman mergulhar nas sombras de uma cidade desesperada por figuras heróicas é uma das imagens mais tristes e mais forte que o gênero já produzido", essa complexidade é o que faz “O Cavaleiro das Trevas” diferente de outros filmes de super-herói só bons, como" Iron Man " (que perde muito tempo críticando os militares americanos). Quase todos os personagens (até o Coringo) passam por mudanças (Principalmente Harvey Dent), e alguns acontecimentos são de uma inteligência tremenda, muito raro em qualquer filme, menos comum ainda num filme de super-herói. Por exemplo o amor entre Dent e Rachel, que é muito verdadeiro e nem um pouco cliché. Eu não sei se ninguém percebeu, mas o final do filme parece ter sido inspirado em "Casablanca" (nada físico, mas a escolha moral do personagem de abrir mão do próprio bem estar, para contribuir a uma coisa maior, mais importante que a vida medíocre dele).

Veredicto: Com uma inteligência incomum, "O Cavaleiro das Trevas" coloca longas de super-herói em um outro grau de filmes e histórias, portanto, não perca de jeito nenhum. Até os seus filhos e namoradas vão gostar.

Nota:5/5

Crítica: O Mensageiro (The Messenger, 2009)

Por:Dimitri Yuri

"O Mensageiro" é o tipo de filme que não necessariamente depende no roteiro (Apesar de importar muito), o problema é que o esse tipo de história necessita de uma atuações espetaculares, para ter o impacto necessário. E é com alívio que eu digo que eles acertaram em cheio.

O filme conta a história do herói de guerra, Sgt.Will Montgomery (Foster), que voltou da guerra para tratar de graves ferimentos sofridos quando uma bomba caseira explodiu a curta distância. Após sua recuperação, o exército o inscreve no setor de notificação de vítimas, que consiste em dar a notícia para os parentes de vítimas, que os seus filhos morreram na guerra. Seu instrutor é o disciplinado Cpt. Tony Stone(Harrelson), que já é veterano nesse setor. Ele ensina todos os procedimentos do melhor jeito dar as notícias, mas Will não sabia que ele teria que fazer um esforço maior do que na guerra, o esforço psicológico de ver pais de vítimas revoltados, e muitas vezes jogando a culpa nos “Mensageiros”.


Quando eu ouvi sobre esse filme, pensei: "Um filme sobre dois militares que dizem aos pais dos soldados que seu filho foi morto em batalha... É, provavelmente muito bom!", Então ouvi dizer que Ben Foster e Woody Harrelson são os atores principais, e pensei: "Ok, eu tenho que ver esse filme". Então eu fui vê-lo com altas expectativas, e não me decepcionou, ele promete um bom roteiro, e entrega, com uma esplêndidas atuações (até as pequenas pontas são sensacionais). A direção contida de Oren Moverman, e o especto quase documental da produção só contribuem à realidade necessária para retratar esse assunto.

Este filme não precisa nem de um começo, um meio e um fim, se ele ficasse o filme inteiro só mostrando como diferentes famílias reagem ao anúncio de que alguém tenha morrido. Algumas pessoas simplesmente enlouquecem, alguns seguram suas lágrimas para confortar outras pessoa que podem não ter a mesma capacidade. E fica melhor ainda com o seu grande elenco de apoio (que inclui Steve Buscemi), que fez tudo parecer tão real e impactante.

Mas o filme não é apenas o que eles fazem, é como eles fazem, é um pouco de Montgomery e tone, e como o trabalho afeta suas vidas pessoais (isso me lembrou de “Vivendo no Limite” de Martin Scorsese). O desempenho Harrelson, exatamente como eu esperava, é fascinante, ele faz seu personagem tão forte e vulnerável ao mesmo tempo, que só me fascina (mesmo que o desempenho Christoph Waltz em "Bastardos Inglórios" seja incrível, acho que Harrelson merecia o Oscar) . E só dou 4 estrelas, porque o romance entre Montgomery e Kelly não é muito convincente, e até mesmo chato às vezes.

Veredicto: Sem dar nenhum estúpido discurso político (quase obrigatório atualmente na industri do cinema. Ainda mais sobre guerra) e com um excelente desempenho de todo o seu elenco, "O Mensageiro" é uma grande experiência.

Nota:4/5

terça-feira, 11 de maio de 2010

Crítica: Watchmen (2009)

Por:Dimitri Yuri

Eu li a graphic novel de Alan Moore e, pelo fato dela ser tão boa, eu sabia que este filme podia ser decepcionante (Exatamente por não se igualar a história original), e é, mas não tanto pelo motivo que eu pensei que seria. Porque o fato do filme ser baseado em um material tão bom, mesmo que não explorado ao máximo, foi o que o salvou de ser medíocre (E, é claro, um pouquinho de estilo por parte de Zack Snider)

Quando um dos seus antigos colegas é assassinado, o derrotado, mas nem um pouco menos determinado, vigilante mascarado Rorscharch (Jackie Earle Haley), parte para descobrir o que seria um plano para matar e desacreditar todos os super-heróis do passado e do presente. Quando ele restabelece a conexão com sua antiga legião de combatentes do crime - um confuso grupo de super-heróis aposentados, dos quais apenas um possui poderes verdadeiros - Rorschach percebe que existe uma conspiração abrangente e perturbadora com ligações ao passado que eles dividiram e catastróficas consequências para o futuro.


Alan Moore escreveu uma obra-prima que muitos reconhecem que é um dos melhores livros de quadrinhos já escritos, assim, com uma história tão boa, é difícil estragá-la completamente. Como em "300" (último trabalho de Snyder), onde todos disseram ser um projeto visionário, para mim, não foi nem um pouco, pois cada detalhe foi tirado do livro (cada ambiente, ou até mesmo pinturas na parede). Assim você não pode dizer que o diretor é visionário, se ele imita tudo da sua matéria-prima. Mas o quê eu não posso negar é que a direção de Snyder é suficientemente elegante, apesar desses problemas, as sequências de luta são excelentes, e ele consegue dar uma sensação de dor aguda, a cada soco e pontapé.

O roteiro adaptado, penso eu, é o elemento mais comprometido do filme, o plano fantástico (Brilhante) de Ozymandias (A coisa mais importante da Graphic Novel), é alterado, tendo a eficácia e a inteligência enfraquecidas, o que é inaceitável para uma história que só é o que é hoje, devido ao seu espetacular final. Outro problema é que algumas pessoas (Principalmente aquelas que não leram a história de Alan Moore), vão achar o enredo muito confuso e corrido, que é reflexo da extraordinária ideia de botar uma história relativamente grande, em um filme de duas horas. Ainda mais se você for distraido, aí sim ficará perdido (mas esse problema era tão previsível, que no dia que anunciaram o filme, eu ja pensei nisso)

A atuação não é de modo algum ruim, Jackey Earl Haley faz um bom trabalho como Rorscharch (Sua voz grossa se encaixa bem no papel), o desempenho de Matthew Goode como Ozymandias também é satisfatório, apesar dele, às vezes, não parecer muito confiante (O quê, para um personagem tão inteligente é crucial) .E Jeffrey Dean Morgan é muito carismático fazendo O Comediante, e acrescenta um humor necessário para o filme. Malin Akerman e Patrick Wilson só estão lá para uma cena de sexo que destoa do resto do filme (até que é bem feita, mas não combina).

Veredicto: Se você ainda não leu a graphic novel, você provavelmente terá problemas em acompanhar, mas pelo menos você não terá que saber que eles arruinaram uma obra-prima das Graphic Novels (e até eu que não sou muito fã de quadrinhos gostei muito do livro).

Nota:3/5

Crítica: O Dia do Chacal (The Day of the Jackal, 1973)

Por:Dimitri Yuri

Até esta noite eu ainda não tinha visto um filme de Fred Zinnemann. Mas agora eu vi, e posso dizer que todos os meus amigos que disseram que ele é um diretor excepcional estavam certos. Ele usa um princípio muito importante que quase ninguém hoje em dia leva em consideração, a simplicidade. As vezes é muito mais gratificante assistir um filme com um roteiro claro, do que um entupido de Plot Twists.

Baseado no livro de Frederick Forsyth, "O Dia do Chacal" conta a história de um frio e meticuloso assassino profissional contratado pela OAS francesa para matar o general Charles de Gaulle. Sem rosto e sem identidade, conhecido apenas pelo codinome Chacal (Edward Fox), ele planeja sem remorsos o dia em que a morte do General vai chocar o mundo inteiro. A tensão aumenta, quando os metódicos preparativos do Chacal ocorrem paralelamente aos esforços da polícia em desvendar o mistério, liderados pelo competente inspetor Lebel (Michael Longsdale).


O senso desse diretor, de saber o que é realmente necessário no filme me espanta, há elegantes cenas curtas que nos salvam de longas sequencias, com incríveis cortes secos. Como a cena que O Chacal entra no quarto de Madame Montpellier e no próximo plano já vemos eles na cama. E eu posso citar muitas outras cenas contidas, a primeira por exemplo, que é muito simples e mostra com muita objetividade a primeira tentativa de matar o presidente. Então nesse filme ele teve mais êxito não por belas cenas (apesar de terem várias), mas pela falta delas, nas horas certas.

Como a direção, o enredo é muito claro, contido e bem feito. Se você comparar a "O Chacal", com Bruce Willis, onde ele fez uma grande arma que dispara projéteis do tamanho de uma maça (Chega a ser obsceno), e que é acionada por controle remoto, você verá que os planos simples e eficazes podem ser muito mais interessantes de assistir do que os mais elaborados (que estão presentes em quase todos os filmes atuais de Hollywood). Enquanto assistia preparação do Chacal para o ataque, eu não conseguia tirar os olhos da tela, é interessante e divertido de ver está tudo muito bem explicado. E um exemplo disso é que durante todo o filme O Chacal usa quatro passaportes diferentes, e você sabe exatamente quando e onde ele está mudando a sua identidade.

A atuação, segue o caminho da direção e do roteiro, e se mostra bem simples e calma (e especialmente realista), o que não as impedem de serem excelentes, por quase todo o seu elenco. A confiança dos dois protagonistas é imensa, e em nenhum momento você duvida de sua competência, e o fato deles escolherem um sósia de Charles De Gaulle para o interpretar, deu um aspecto documental muito raro em qualquer filme. No geral, todos eles são bons, mas Edward Fox e Michael Lonsdale merecem destaque, exatamente por passarem uma confiança tremenda. E também tem Derek Jacobi interpretando Caron, o ajudante do inspetor.

Veredicto: Com simples, mas brilhantes enredo, direção, e atuações. Este filme tem algo a mais, ele não é filme policial comum, é mais “arte” do que a maioria.

Nota:4.5/5

Crítica: Se7en: Os Sete Crimes Capitais (Se7en, 1995)

Por:Dimitri Yuri

Eu sempre fico animado para ver filmes de serial killer, é um gênero muito divertido e complexo, que sempre ganha a minha atenção. Mas esse gênero atualmente não tem nos dado grandes exemplares (com a excessão de "Jogos Mortais" e "Zodiaco" do próprio David Fincher). E é por isso que nós temos que voltar um pouquinho para achar os melhores ("O Silêncio dos Inocentes" e o filme em questão).

Somerset(Freeman) é um experiente detetive que está a apenas duas semanas de se aposentar (o que é um pouco cliché, mas da pra passar), e que está cada vez mais cansado de seu trabalho. Até que ele conhece o jovem detetive David Mills(Pitt), que é cheio de energia e entusiasmo (o contrário do velho Somerset). Eles começam a investigar uma série de assassinatos, que eles deduzem ser cometidos pelo mesmo maníaco. Eles começam a perceber que as vítimas estão relacionadas ao sete pecados capitais.

Em sua primeira sequencia somos apresentados à William Somerset, um detetive de idade e tranquilo que está indignado por causa de como decadente e violenta sua cidade se tornou. Agora, deixe-me dizer que o único erro do filme: é que ele tenta dizer-nos como a humanidade tornou-se sem esperança e o quão desencorajante é o nosso futuro. Mas não é verdade, é tão falso, que eles nunca mencionam o nome da cidade em que vivem, se é Nova Yorke, eles teriam que mostrar o charme "Nova Yorquino", se eles estavam falando de Los Angeles, eles esqueceram de mostrar todo o glamour californiano. O que parece mais com a cidade do filme é Las Vegas, mas novamente, eles teriam que mostrar a parte rica dela. Simplesmente não há uma cidade tão decadente quanto aquela, o que enfraquece demais o argumento do filme (mas o fato de Pitt ser contra essa ideia que é apresentada por Somerset, alivia um pouco).

Agora vamos falar sobre as partes boas, e não são poucas. Cada coisa neste filme está muito bem explicada, o que pode tirar o impacto do final de alguns filmes, mas funciona muito bem neste aqui, porque isso faz você querer, não apenas o desfecho da história, mas cada cena que você está assistindo. Ele pega você de uma maneira que merece aplausos, ele motiva você a entrar no lugar dos detetives e tentar desvendar o caso, como nenhum filme já conseguiu, simplesmente maravilhoso. O suspense e antecipação são tão bem utilizadas, que se iguala ao filmes mais tensos da história.

As atuações não são brilhantes (exceto pela de Spacey, que dá ao personagem um ar de superioridade e serenidade que fazem ele parecer que está com a razão, mesmo falando as maiores atrocidades) mas são todas boas, Brad Pitt e Morgan Freeman formam uma dupla carismática, mesmo sendo muito diferentes um do outro. E a quimica entre os dois atores flúi naturalmente e lenta, bem plausível considerando que eles acabaram de se conhecer. Gwyneth Paltrow faz a doce mulher de Det. Mills, e justifica o amor que ele sente por ela.

Se o filme não tivesse um final já seria ótimo, mas não contente com isso, Andrew Kevin Walker e David Fincher fizeram um dos finais mais chocantes da história, a imagem queima tão profundamente na minha mente, que quando me lembro , me dá arrepios até hoje (E vocês sentirão o mesmo). Mesmo que seja esperado para alguns, a antecipação criada (uma das técnicas de roteiro mais importantes para dar tensão) pelo acontecimento, te prende muito na cadeira. Um climax do terceiro ato digno de um filme bom como esse.

Veredicto: O escuridão, a carnificina e a complexidade desse filme irão permanecer em sua memória para sempre... Está entre os melhores filmes do gênero. Agora, pare o que você está fazendo, e vá ver este!

Nota:4.5/5

Crítica: Vestígios do Dia (The Remains of the Day, 1993)

Por:Dimitri Yuri

O crítico Vincent Canby escreveu que "Vestígios do Dia" é um filme para adultos, mas na verdade, ele quis dizer que é um filme para pessoas maduras, porque depende de seus diálogos (ou a falta deles), ao invés de sequencias movimentadas, para mostrar o que o filme está tentando nos dizer (Coisa que raramente chama a atenção do público jovem), e um filme como esse não pode funcionar sem os atores e um roteiro que não são, ao menos excelentes.

1958. James Stevens (Anthony Hopkins), um homem de idade, em um grande carro antigo começa uma viagem pela Inglaterra em direção ao mar. Por muitos anos ele foi o mordomo-chefe de Darlington Hall, uma famosa casa de campo (O filme se concentra muito nesse período). Onde ele esquecia de problemas da sua própria vida, para ter mais produtividade no seu trabalho. Ele está indo visitar Sally Kenton (Emma Thompson), que ele não vê há muito tempo e tinha sido governanta em Darlington. Ele pensa que talvez ela possa ser persuadida a retomar a sua antiga posição (Mas na verdade ele não sabe o quê quer, vai ver ele só quer vê-la novamente), trabalhando para o novo proprietário de Darlington, um congressista americano aposentado.

Direção e roteiro do filme são magníficos, discretos e inteligentes ao mesmo tempo, completamente conduzido pelas atuações. Não precisa de longos diálogos para mostrar a sua idéia (característica de roteiros muito bem elaborados). E à prova de furos. A direção de James Ivory (em sua melhor forma), entende bem o mundo concebido na história, e acompanha o resto do filme no quesito discrição. A fotografia por Tony Pierce-Roberts (parceiro de James Ivory), é muito inteligentes, com composições luxuosas e cores que revivem aquela época.

mas o que realmente se destaca é o desempenho de Hopkins, que é simplesmente, uma das melhores performaces da história(Se iguala e de Marlon Brando em “O Poderoso Chefão”). Os momentos em que ele tem de esconder o que realmente sente, a fim de manter sua compostura são simplesmente maravilhosos. E a imagem dele orgulhoso por ser o mordomo de Lord Darlington (que para ele naquele momento, era uma grande honra), e ao mesmo tempo envergonhado que seu mestre fez acordos com os nazistas, e às vezes até esconder que conhecia o homem, é de uma profundidade rara em filme "Hollywoodiano". Ou quando ele deixou Miss Keaton (Thompson) ir embora, porque ele tinha que ficar e servir ao seu mestre, esses são momentos que exigem uma discrição por parte do ator, e Hopkins acerta em cheio. Do outro lado, Emma Thopson interpreta uma mulher forte, mas ao contrário de Stevens (Anthony Hopkins), ela não pode esconder seus sentimentos muito bem, mostrando insegurança às vezes, o que acrescenta uma personalidade diferente na história de uma forma grandiosa.

Se você não se importa muito com profundos e inteligentes diálogos, você será capaz de acompanhar a história, sem se preocupar tanto com o que os personagens estão sofrendo e aprendendo (Apesar de ser um enorme desperdício). Mas se você espera um filme divertido, não é isso que você vai encontrar (exceto pela história do mordomo indiano, que não tem preço), achará, ao contrário, um filme exaustivo, mas que se você for paciente, ele valerá muito mais.

Veredicto: Você não deve perder esta obra-prima, por causa de suas atuações e um roteiro inteligentíssimos.

Nota:4.5/5

Crítica: A Ilha do Medo (Shutter Island, 2010)

Por:Dimitri Yuri

Embora eu ache que Martin Scorsese é um dos, senão o melhor diretor de todos os tempos, eu não estava seguro sobre esse filme, pois pelas críticas, parecia que Scorsese tinha finalmente falhado, bom, ele provou-me mais uma vez que é versátil, fazendo um outro grande filme, e eu só não digo obra-prima, porque ainda é muito cedo pra dizer, mas que é um filme que vai ficar pra sempre na minha mente, isso é um fato.

1954. Teddy Daniels (Leonardo DiCaprio) investiga o desaparecimento de um paciente no Shutter Island Ashecliffe Hospital, em Boston. No local ele descobre que os médicos realizam experiências radicais com os pacientes, envolvendo métodos ilegais e anti-éticos. Teddy tenta buscar mais informações, mas enfrenta a resistência dos médicos em lhe fornecer os arquivos que possam permitir que o caso seja aberto. Quando um furacão deixa a ilha sem comunicação, diversos prisioneiros conseguem escapar e tornam a situação ainda mais perigosa.


Durante todo o filme eu achei que o roteiro estava indo para um beco sem saída, e que o final não seria satisfatório, mas o filme não deixou de me impressionar com seu brilhantismo técnico, que inclui uma mixagem e edição de som impecáveis, e uma direção de arte excelente (note, quando a chuva cai em um papel escrito e da tinta desaparece, e os maravilhosos cenários. Ou nos flashbacks que eles aumentam a abertura da câmera, o que contrasta com aquela escuridão do resto do filme), pois essa imagens maravilhosas não são comuns em filme policiais, nesse eles misturam isso perfeitamente. A edição pela parceira de Scorsese, Thelma Schoomaker, é excelente (algo que não é novidade vindo dela).

Scorsese (como já havia feito antes) mostra como ele sabe sobre cinema, criando uma atmosfera admirável (e, como ja disse antes, com um visual maravilhoso), inspirado em outros grandes filmes, por isso Pablo Villaça disse que esse é o “O Iluminado” de Scorsese, exatamente porque ele teve sucesso em um gênero que ele nunca tinha experimentado, assim como Kubrick fez em seu clássico. O filme, além de ter um suspense incrível, é um grande filme, o mistério agarrou-me na tela até o final , e que final!

Um excelente estudo dos personagens também (especialidade do Scorsese). Analisa a paranóia e duvidas éticas e morais de seu personagens. Ele conseguiu um clima de claustrofobia em um filme passado em uma ilha (um lugar relativamente grande). E a tensão criadas nas cenas da guerra (ele vendo os cadáveres), só somam mais para atmosfera de maravilhoso universo condebido por esse mestre que é Martin Scorsese.

Outro elemento que realmente impressiona neste filme é o seu elenco, apesar de DiCaprio nunca ter me impressionado muito, ele é fascinante neste aqui, sabe quando usar as suas emoções, e como ser contido na maior parte do tempo. O elenco de apoio, que inclui, Mark Ruffalo (carismático como sempre), Ben Kingsley (maravilhoso), Max Von Sydow (assustador), e Jackey Earle Haley (que merece destaque), é brilhante. Ted Levine tem uma maravilhosa aparição, quando ele conversa com o nosso protagonista sobre a natureza da violência, em uma das melhores cenas do filme.

Veredicto: Scorsese comprova sua versatilidade, com este incrível thriller psicológico, e me escute, mesmo se um dia alguem falar mal desse filme pra você, é porque essa pessoa não entendeu nada dele, ou porque não admira o que é bom. Com um visual deslumbrante, e um clima conspiratório admiravel, esse diretor nos entrega mais uma obra prima.

Nota:4.5/5

Crítica: Primavera Para Hitler (The Producers, 1968)

Por:Dimitri Yuri

O primeiro filme de Mel Brooks, e talvez o seu melhor. Com hilárias performances histéricas de todo o seu elenco, especialmente dos atores principais Gene Wilder e Zero Mostel, este filme não é apenas um dos filmes mais engraçados de todos os tempos, é um clássico da comédia, que definiu muitos outros que nós também chamamos de clássicos. Então nós entamos lidando com uma obra-prima aqui.

Max Bialystock (Zero Mostel) é um produtor teatral em uma maré de má sorte, que namora mulheres idosas com dinheiro para conseguir financiamento para suas novas peças. Entretanto, Max realmente acredita ter descoberto uma grande jogada quando conhece Leo Bloom (Gene Wilder), um contador que ao conversar com ele expõe a tese de que um fracasso pode ser mais lucrativo que um sucesso, bastando que se venda o espetáculo para diversas pessoas e garantir que ele seja um retumbante fracasso, com sua temporada durando apenas um dia, pois assim não existirá lucro e todo o dinheiro que foi investido irá parar no bolso daquele que vendeu os direitos da peça. Após uma certa relutância, Leo se une a Max para montarem o pior musical que a Broadway já viu: "Primavera para Hitler".


Os caminhos que ele escolheram para fazer este filme foram muito inteligentes, porque, além de ter uma trama extremamente divertida, se concentra naquele turbilhão de piadas toda hora, que as vezes até parece um filme-sátira, como "Todo Mundo em Panico!", mas ao contrário da maioria dos filmes-sátira, onde eles jogam muitas piadas em você, e, eventualmente, algumas delas funcionam, em "Os Produtores" quase todas as piadas dão certo, e tão bem, que te deixam sem ar (É aquele que só de lembrar você ja sorri).

Piadas contadas por uma pessoa que não é engraçada, mesmo quando as piadas são boas, não funcionam, mas na atuação, é onde este filme realmente brilha, pois Wilder, como de costume, é extraordinário, carismático e histérico, me deixa na dúvida entre qual foi o melhor ator de comédia que já viveu (Bill Murray, Leslie Nielsen, e mais alguns disputam o título). Mostel tem um desempenho ótimo também, mas é até injusto compará-lo a Wilder.

E a escolha de fazer o filme com apenas 84 minutos de duração, foi muito inteligente, ele flúi naturalmente e em nenhum momento eu pensei que era chato, toda hora havia uma cena ou algo importante acontecendo, tornando-se intenso e divertido de assistir. O talento de Mel Brooks de fazer filmes leves e extremamente divertidos já foi mostrada em seu primeiro filme. Mesmo que as piadas não sejam tão engraçadas, ele tira um atuação tão boa de se elenco que as transformam em hilárias.

Veredicto: Um dos mais engraçados filmes de todos os tempos. Curto, intenso, e com uma performance maravilhosa de Gene Wilder.

Nota: 4.5/5

Crítica: Spartacus (1960)

Por:Dimitri Yuri

Não há dúvida de que, tecnicamente falando, Stanley Kubrick, é talvez o maior diretor de todos os tempos. Ele pode criar uma atmosfera obscura como ninguém, mas ele tende a arruinar seus roteiros, como fez com "Laranja Mecânica". E há apenas um de seus filmes, que eu não tenho nenhuma queixa sobre o script, e é o filme em questão , então eu posso dizer que este é para mim, o melhor de seus filmes, apesar de ter sido muito difícil de escolher.

Spartacus (Kirk Douglas), um homem que nasceu escravo, labuta para o Império Romano enquanto sonha com o fim da escravidão. Ele, por sua vez, não tem muito com o que sonhar, pois foi condenado morte por morder um guarda em uma mina na Líbia. Mas seu destino foi mudado por um lanista (negociante e treinador de gladiadores), que o comprou para ser treinado nas artes de combate e se tornar um gladiador. Até que um dia, dois poderosos nobres chegam de Roma, um com a esposa e o outro com a noiva. As mulheres pedem para serem entretidas com dois combates até morte e Spartacus escolhido para enfrentar um outro gladiador, que vence a luta mas se recusa a matar seu oponente (Spartacus), atirando seu tridente contra a tribuna onde estavam os romanos. Este nobre gesto custa a vida do gladiador negro e enfurece Spartacus de tal maneira que ele acaba liderando uma revolta de escravos, que atinge metade da Itália.


Com performances maravilhosas de Douglas e, principalmente por Laurence Olivier e Charles Laughto , este é um verdadeiro épico clássico. Agora, deixe-me explicar o verdadeiro significado do clássico. Não é apenas um bom filme. Um clássico é um filme que, independentemente de ser bom, inspirou filmes futuro, não sou eu que estou dizendo isso, é o significado real da palavra "clássico". Então, quando você vê um excelente filme como "Coração Valente" (e quase todos os épicos), que teve uma série de elementos de "Spartacus", você verá que este filme é um verdadeiro clássico .

É o romance que pode fazer o filme um pouco chato às vezes, mas sem ele, iríamos perder cenas fortes no filme, como a última, pois se não houvesse toda a história de amor, perderia completamente o seu impacto, e faria a cena parecer falsa (Vale à pena, pois é talvez a melhor cena do filme). Mas quando estamos falando sobre a ação, este filme não decepciona, considerando que eu assisti "Ratatouille" no mesmo dia eu assisti este aqui, a rebelião do centro de treinamento, me lembrou dos ratos se rebelando no filme da Pixar, a imagem de escravos se rebelando, como ratos fugindo é muito impressionante e bem filmada. E com Kubrick filmando com distância para que possamos ter a idéia da quantidade de pessoas estavam fugindo, é admirável.

Veredicto: Um clássico, por um dos melhores diretores de todos os tempos. Tecnicamente perto da perfeição. E com umas das melhores atuações da história.

Nota:4.5/5

Preview: O Príncipe Da Pérsia: As Areias Do Tempo

Por: Dimitri Yuri

O lançamento desse filme vai ser o ultimato na seguinte questão: Um filme baseado em video game pode dar certo (no futuro, algum filme pode até surpreender, mas eu não terei confiança alguma antes de ler outrar críticas).

Na história, filmes baseados em video games não nos renderam nenhum que fosse realmente bom. Começou com o fracasso de "Super Marios Bros"(1993), que trouxe um elenco capenga, e já conseguiu mostrar que Jon Leguizamo não sabe atuar (fora a história boba). Depois veio o tenebroso "Street Fighter"(1995) estrelando Jean Claude Van-Damme, que foi um fracasso em críticas e quase ninguém gostou do filme (dialogo horroroso). E a lista de lixos continuou, "Mortal Kombat"(1996), "Lara Croft:Tomb Raider"(2001), "Resident Evil"(2002). E então veio a gota d'água, que não foi um filme em si, mas sim um diretor, chamado Uwe Boll, que destronou Edward D. Wood Jr. e tomou o cargo de pior diretor de todo os tempos, produzindo e dirigindo filmes, que podem ser conhecidos como os piores que a humanidade já fez:"House of The Dead", "Alone In The Dark", "Bloodrayne" e etc. E só continua dirigindo, porque ele que arrecada o dinheiro dos próprios filmes (bem Ed Wood mesmo)


O problema é que todos esses filmes tiveram colaboradores, produtores, diretores e atores, tão incompetentes, que não dá pra dizer ainda que filme baseado em video game um dia dará certo. E é aí que "O Príncipe da Pérsia" entra em cena. Seu diretor, Mike Newell, foi aclamado pela crítica por alguns de seus filmes, como "Amor nos Tempos de Cólera", "Harry Potter e o Cálice de Fogo","Donnie Brasco". Seus atores (Gyllenhaal, Arterton, Kingsley e Molina) são extremamente competentes, que até me surpreenderam por toparem fazer um filme como esse. A única parte que pode falhar, talvez seja a mais perigosa, o roteiro. Seus roteiristas não são responsáveis por nenhum trabalho memorável, e ao contrário, já fizeram coisas muito ruins, como "O Justiceiro"(1989).

Pelo trailer (http://www.youtube.com/watch?v=uMQUf1FP7Hs) nós já vemos alguns problemas. Primeiro, o filme inteiro parece laranja, como se alguem tivesse jogado suco na lente da câmera, o segundo é que eles enconderam muito a trama, o que mostra que ela não é a principal atração, mas sim os efeitos visuais e a ação exagerada. Eu só espero que as últimas sejam tão boas para enconder um pouco as prováveis falhas no roteiro, o que quase nunca acontece.

Aqui está a sinopse: “Um príncipe guerreiro (Jake Gyllenhaal) relutantemente une forças com uma misteriosa princesa (Gemma Arterton, de 007 "Quantum of Solace") e, juntos, eles lutam contra forças obscuras para proteger uma antiga adaga capaz de liberar as Areias do Tempo – um dom dos deuses que dá à pessoa que o possui o poder de controlar o mundo”.(http://girlsofwar.wordpress.com/2009/07/10/sinopse-oficial-de-prince-of-persia-the-sands-of-time/)

Esse filme é um enigma, mas uma coisa é certa, Uwe Boll continuará fazendo filmes medíocres independente do sucesso de "O Príncipe da Pérsia".

Crítica: Jumper (2008)

Por:Dimitri Yuri

Parece que a equipe criativa pensou (Se é que eles pensaram) : "Vamos fazer um filme onde o cara pode se teletransportar!", mas não pensaram em o quê aconteceria depois de eles mostrassem um cidadão realizando tal façanha na tela, então o que sobrou foi um filme vazio. E pra piorar, nem a atuação de Samuel L. Jackson é muito boa.

David Rice (Hayden Christensen) é um "Jumper", alguém capaz de se teletransportar, podendo ir a qualquer lugar, a qualquer momento (Desde que ele visualize o seu ponto de "pouso". Sua vida sofre uma reviravolta quando ele percebe que está sendo perseguido por uma organização secreta com a missão de matar os Jumpers. Ele se alia a outro garoto com o mesmo poder, e embarca em uma guerra que já vem sendo travada há milhares de anos. Caçado pelo mundo todo, aos poucos ele descobre uma verdade surpreendente sobre seu próprio passado e o de sua família.


O enredo é ridículo, é demasiadamente forçado e, na maioria, não é nem crível. E como eu disse antes, não há nada mais que um homem que pode se teletransportar e é caçado por um Samuel L. Jackson fora de moda e com um penteado ridículo, e nem ele pode salvar esse filme de ser horrível. Algumas cenas não são realmente necessárias, e incrivelmente fracas, você realmente não se importa muito com os personagens, e o final, assim como o filme em si, é pobre. Pra piorar o romance da história não tem sal nenhum, e só te faz ficar de saco cheio do filme. Mas pra equipe deve ter sido bom, pois eles ganharam milhares de viagens para os lugares mais requisitados do mundo (Egito, Paris e etc.), e nem precisaram fazer um bom trabalho. O resultado foi esse insulto de filme.

A atuação também deixa à desejar, Christensen não pode segurar o fato de ser o personagem principal, ele não é bom o suficiente. Jackson, como eu disse, não salva o filme, mas ele está OK. Jamie Bell, é carismático, mas está longe de ser um bom ator, às vezes, nem sequer parece ou soa real. Rachel Bilson não pode fazer muito sobre seu personagem unidimensional, então eu não vou criticá-la. Diane Lane não faz quase nada no filme. Se eles pelo menos deixassem esses dois bons atores (Jackson e Lane) trabalharem mais, e com liberdade, talvez o filme valesse 1 estrela e meia.

Veredicto: Vazio igual à filmes como "Quebrando a Banca". o roteiro é horrível, a atuação é extremamente incompetente, então por que você gostaria assistir a este filme? Só se for para ver um infeliz se tele-transportando.

Nota: 1/5

Crítica: A Vida é Bela (Life Is Beautiful, 1997)

Por:Dimitri Yuri

"A Vida É Bela" não é um filme sobre o holocausto, embora tenha algumas cenas impressionantes que mostram a precariedade dos acampamentos, é um filme sobre o quanto uma pessoa iria para salvar seu próprio filho, se você olhar por esse lado, e se impressionar com a sua comédia afiada (é raro uma combinação tão boa de gags como essa), esse filme será de grande proveito. E ainda mais se você for um fã de Charles Chaplin.

Guido (Roberto Benigni) é um judeu que muda do campo para a cidade nos anos 30. Lá, conhece a encantadora professora Dora (Nicoletta Braschi), por quem se apaixona. Cinco anos mais tarde (o primeiro ato do filme é só a história dos dois), eles estão casados e têm um filho, Josué (Giorgio Cantarini). Guido e sua família são capturados e ficam presos em um campo de concentração. Preocupado com seu filho, Guido tenta amenizar o sofrimento do menino, contando histórias (ele diz que tudo aquilo ali é um jogo). Para poupar seu filho das crueldades do nazismo.

A primeira metade do filme parece que é feita por Chaplin, é incrivelmente engraçada, inteligente e mostra como o personagem principal é (Assistir ao seus planos de surpreender Dora, com um “acidental” encontro, é muito divertido). É também uma história de amor, não uma ruim, e sim, uma das melhores. É difícil encontrar diretores que são competentes em fazer comédia e drama muito bem, geralmente eles fazem um bom drama, mas uma não tão boa comédia, ou o contrário. Mas Benigni merece ser comparado a Chaplin nesse aqui, ele me fez rir e chorar, e não havia quase nenhuma pausa entre essas duas emoções.

A segunda metade é mais sobre o relacionamento entre pai e filho. O que o homem passou para proteger o seu filho é uma das histórias mais bonitas que eu já vi. Mas todos os momentos tristes se intercalam com outros engraçados. O desempenho de Benigni é incrivelmente divertido e comovente, mas o que realmente me surpreendeu sobre a atuação foi a performace de Giorgio Cantarini como Giosuè, eu não estou dizendo que ele foi melhor do que Benigni, mas para um miúdo fazer uma diferença tão grande no elenco de um filme é raro de se ver (Ele fala que nem um garoto normal falaria, e não demora para terminar cada palavra, como a maioria das crianças em filmes)

Veredicto: Engraçado e comovente, e muito aguçado nessas duas emoções, um entretenimento muito grande. Um universo "Chapliniano" muito bem concebido por Benigni, que usa o seu talento para contar uma linda história.

Nota:4/5

Crítica: O Iluminado (The Shining, 1980)

Por:Dimitri Yuri

Eu me sinto mal por dar à este clássico, apenas 4 estrelas, mas como eu disse em outras análises, uma vez que ninguém pode criar a atmosfera como Kubrick fazia, eu estava esperando este filme ser muito mais assustador, mas como um filme em sí, é brilhante e extremamente bem filmado, fora que a atuação de Nicholson é, como sempre, sensacional.

Um homem, seu filho e esposa se tornam os vigias de inverno de um hotel isolado onde o garoto (Lloyd), tem visões perturbadoras do hotel, utilizando um dom telepático conhecido como "O Iluminado" (Um dos zeladores do hotel disse ao menino Danny, que também possúi esse dom). O pai, Jack Torrance (Jack Nicholson), trabalha em seu projeto escrito, quando ele lentamente desliza à insanidade como resultado da “febre da cabine” e começa a ver os antigos hóspedes fantasmas do hotel. Após ser convencido pelo fantasma de um garçom (Em uma das melhores cenas do filmes) para "corrigir" a família, Jack vai completamente insano realizar a tarefa. A única coisa que pode salvar Danny e sua mãe (Duvall) é "O Iluminado".


Os ângulos de câmera de Stanley Kubrick são extraordinários (Nota as cenas em que Danny está andando em seu velocípede, e ele o segue com travellings verticais, horizontais, como se estivesse paseando com o garoto), e sim, a atmosfera também é ótima, eu só achei que fosse ser muito mais assustadora. Considerando que eu assisti esse filme à noite, sozinho em um quarto escuro. Eu tentei dormir depois, o problema é que eu consegui (Um filme realmente assustador não te deixa dormir logo depois de assisti-lo). Mas levando pela grande parte de pessoas que assistem a esse filme, você provavelmente vai ficar aterrorizado.

O desempenho Nicholson é perfeito, suas caras são completamente insanas, pois ele pareceu sem controle, sem ser um doido da cabeça (Ou seja, ele realmente tinha capacidade de fazer aquilo. Sua inteligencia não estava prejudicada), o que dá uma sensação muito mais sombria, e é uma coisa difícil de fazer. desempenho de Shelley Duvall é chato, como o de Danny Lloyd, a voz daquela mulher, é provavelmente o que realmente vai me dar pesadelos eternamente, e Lloyd parece que nunca vai terminar a sua fala (mania de quase todos os filmes de Hollywood que tem crianças), ficando forçado e chato de se ver. No final, a esposa e o filho de Torrance são tão irritantes, que eu não o culpo por tentar matá-los, eu queria apenas "corrigir" aquele garoto para que ele pudesse falar como um homem.

Veredicto: Você provavelmente vai se assustar com este filme. É um clássico, é excelente, é Kubrick e é Nicholson. Assista a este!

Nota:4/5

Crítica: Ronin (1998)

Por:Dimitri Yuri

"Ronin" é um filme muit bem feito, e apesar de ter algumas falhas (Principalmente no roteiro), ainda é um filme de ação agradável, por suas grandes atuações (não é todo dia que De Niro, Reno, Bean e cia. se junta em um filme) e excelentes cenas de ação (Especialmente suas perseguições automotivas).

Ronin é a palavra japonesa usada para os samurai sem mestre (Ele até mencionam isso em "Os Sete Samurais" de Kurosawa). Neste caso, os Ronins são mercenários especialistas em todo tipo de coisa (De Niro, Reno, Skarsgard ...), cujos serviços estão disponíveis para todos - por dinheiro. Dierdre (McElhone) contrata diversos Ronin para formar uma equipe e recuperar uma mala importante de um homem que está prestes a vendê-la para os russos. Após a missão ser concluída com êxito, a mala é trocada por um membro da equipe que parece estar a trabalhar por conta própria. A rede complexa de todos enganando à todos começa a surgir lentamente ...

É um filme de ação, então vamos falar sobre as seqüências de ação, em que eu penso, que este filme se concentra. Os tiroteios são excelentes, sabemos sempre onde está todo mundo, e podemos perceber a sua estratégia, em vez de ver um monte de homem atirando-se. Agora, as perseguições de carro são a razão pela qual este filme será lembrado, porque elas são simplesmente as melhores. Quando um amigo me disse que era a melhor perseguição de carros que da história, eu pensei: "Esse cara nunca viu 'Bullit'”, mas eu estava errado, e ele estava muito certo. Os ângulos que eles filmaram as seqüências de perseguição, dão aquela sensação de perigo imediato, realmente paracem que eles vão bater, tudo aparenta muito real (Mas agora que eu vi "Operação França" eu estou na dúvida de qual é a melhor)

A atuação, como você espera de De Niro, Reno e Stellan Skarsgard, é realmente boa, mas De Niro que merece atenção, ele aparece sempre seguro sobre o que ele está fazendo, o que reforça a idéia de ele ser tão sábio e experiente. Você não consegue encontrar um único filme que De Niro não é excelente (Com a exceção de “Tempo De Despertar”, onde ele é só bom). Reno é, como sempre, carismático demais, é um bom companheiro para De Niro. Skarsgard não desaponta também, mas é muito difícil se sobressair, quando se está atuando com esses mestres.

A trama não é muito plausível às vezes, como quando eles estão procurando um russo, e vêem um cartaz anunciando uma apresentação do balé russo, logo, deduzem que eles vão encontrar o bandido lá dentro (sem perceberem que é difícil encontrar um homem entre 30.000 pessoas, quando nem sequer sabem como eles se parecem). Mas ele acerta eu algumas coisas, como o interesse romântico de Sam (De Niro) e etc.

Veredicto: É um thriller bem feito, com grandes sequencias de ação, e igualmente excelentes atuações.

Nota:3.5/5

Crítica: Cães De Aluguel (Reservoir Dogs, 1992)

Por:Dimitri Yuri

Eu não tenho certeza se esse filme vale 5 estrelas, mas o fato de que eu tive o impulso de da-lo essa nota, mostra que este filme é algo mais do que ótimo, é uma obra-prima, e embora eu não ache que ele seja tão bom quanto "Pulp Fiction", está quase lá. Sem falar que como foi o primeiro filme de Quentin Tarantino, é obrigatório para todos que gostam da era moderna do cinema.

Seis criminosos, que não se conhecem, são contratados por um chefão do crime Joe Cabot(Lawrence Tierney) para realizar um grande roubo de diamantes. Logo no início, eles recebem nomes falsos (Mr. Pink, Mr. White e etc) com a intenção que eles não cheguem muito perto e se concentrem no trabalho, que é mais importante. Eles estão completamente certos de que o roubo vai ser um sucesso. Mas quando a polícia aparece na hora e local certos do roubo, espalham pânico entre os membros do grupo e um deles é morto no tiroteio subsequente, juntamente com uns poucos policiais e civis. Quando os criminosos restantes se refugiam em ponto de encontro premeditado (Um armazém), eles começam a suspeitar que um deles é um policial disfarçado.


Quentin Tarantino, que é um dos melhores diretores atuais (Certamente o mais divertido), impressionou-me mais como um escritor do que como diretor neste filme. Mesmo em suas primeiras cenas, podemos ver o quão bem feito é o roteiro, a conversa sobre "Like A Virgin", e sobre gorjetas, não tem preço (Ele realmente me convenceu que eu deveria dar gorjeta apenas quando a garçonete realmente merece). As falas são tão engraçadas e inusitadas, que, logo no seu primeiro filme, Tarantino definiu seu próprio gênero. Alguns diálogos já viraram clássicos, como quando Mr. Pink (Buscemi), pergunta o Sr. White (Keitel) sobre Mr. Orange (Roth), "Isso é ruim?", E Mr. White responde: "Como ao contrário de bom?". Ou quando Mr. Pink pede Mr. White se ele matou alguma pessoa de verdade, e ele responde: "Não, só polícia.". Ou o famoso "Você vai ficar latindo o dia inteiro, cachorrinho? Ou você vai morder?". Mas não impede de mostrar seu talento de Tarantino como diretor, as câmeras lentas são muitos bem usadas, e as musicas são muito bem colocados, e o próprio diretor disse que ele quis difinir o significado da palavra "Cool"(o equivalente a "maneiro")

As atuações são realmente muito impressionantes, Keitel faz um resistente, mas sensível ao mesmo tempo Sr. White, Buscemi faz um Mr. Pink que só que saber de sair de lá sem ir para a cadeia, não se preocupando com os outros. E Michael Madsen é o psicopata carismático e sádico Mr. Blonde, que não se preocupa com nada. É difícil falar sobre os outros atores, sem dar spoilers, então eu não vou fazê-lo, embora todos eles mereçam destaques.

Veredicto: Se você é um fã de Tarantino, vai idolatrar esse filme, e mesmo se você não gosta deste diretor, você vai ter que reconhecer esta é uma obra-prima, tudo funciona, e funciona muito bem.

Nota:5/5

Crítica: Os Bons Companheiros (The Goodfellas, 1990)

Por:Dimitri Yuri

Este filme lança a originalidade e a criatividade em você, e te desafia à não ser cativado. É um entretenimento fora de sério, e devido à sua excelente direção, edição e performances, este filme é uma obra-prima de um dos melhores diretores de todos os tempos, e um clássico em todos os sentidos.

Este filme mostra as vidas de três figuras mafiosas emblemáticas da década de 1960 e 70 em Nova York. Henry Hill (Liotta) é um garoto local que depois de fazer "bicos" escondido para a máfia, virou gângster famoso em um bairro cheio durões piores que ele. Tommy Devito (Pesci) é um gangster nato, que acaba por ser o melhor amigo de Henry. Jimmy Conway (Robert De Niro) é quem junta os dois amigos, e executa alguns dos maiores seqüestros e assaltos a cidade já viu. Depois de uma prisão prolongada, Henry deve trabalhar escondido do chefe da máfia local (Que é contra o tráfico de narcóticos), Paulie Cícero (Sorvino), para viver a vida de luxo que ele sempre sonhou. Os amigos acabam em uma confusão, e devem fazer tudo o que puder para salvar um ao outro, e permanecerem vivos.

Martin Scorsese, que é um dos melhores diretores de todos os tempos -se não o melhor- e que sempre nos mostra o quanto ele sabe sobre cinema ,provavelmente fez o seu melhor trabalho com este (Tem tantos maravilhosos que é difícil de escolher), seus ângulos de câmera são surpreendentes, e a narrativa nunca deixa o filme ficar chato. Com a edição incrível da veterana Thelma Schoonmaker (Editora de todos os filmes de Scorsese desde "Touro Indomável"), que é tão boa quanto a direção, cria ambientes fascinantes de um modo divertido e objetivo. A fotografia do também veterano Michael Ballhaus (Que assim como Thelma, já trabalhou bastante com Scorsese) é fantástica, recriando muito aquela época, e também o figurino luxuoso e extravagante bem típico dos mafiosos ricos.

Com um elenco de Ray Liotta, De Niro e Joe Pesci, eu nem preciso dizer o quão fascinante é a atuação do filme. Especialmente por Pesci, que faz o seu personagem tão cabeça quente, que você nunca sabe se ele vai beijar o cara, ou matá-lo. Ray Liotta me surpreendeu como nunca tinha feito, e ele foi incrível, claro que com a ajuda de seu personagem carismático. De Niro é... Eu realmente tenho que dizer?

Veredicto: Obra-prima de Scorsese, e um dos melhores filmes de todos os tempos, com performances incríveis de todo o seu elenco, especialmente por Pesci, você vai perceber que este filme é melhor que excelente. Não perca esse aqui!

Nota:5/5

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Crítica: Kick-Ass: Quebrando Tudo (Kick-Ass, 2010)

Por:Dimitri Yuri

O crítico Charles Koplinski escreveu, "Kick-Ass” é apenas metade certo.", Mas deixe-me colocar desta forma, "Kick-Ass" é metade brilhante e criativo, mas é metade perturbador e falta ritmo. Quando saí do cinema fiquei surpreso sobre o quão bom foi este filme, mas depois eu comecei a pensar quantas imagens pertubadoras e imoralidades ele nos mostra (que, não tinha problema enquanto o filme não se levava tão a sério, mas depois veio a segunda parte , e ele passou a ser um “verdadeiro filme de super-herói”). Mas quando você vê tantas mensagenzinhas ignorantes em tais filmes aclamados como "Avatar", nesta indústria atual do cinema, que parece cheio de pessoas com idéias estúpidas e com mensagens diluídas, foi um alívio que, no final do filme eles não disseram "Salve o verde!" ou qualquer uma dessas besteiras infantis.

O filme conta a história de Dave Lizewski (Johnson), um estudante despercebido pelas garotas e fã de quadrinhos como seus amigos, e que vive sozinho com seu pai. Em uma cena muita engraçada, ele conta que sua mãe morreu de um ataque cardiaco, e não heroicamente como os pais de Bruce Wayne (Batman) ou o tio Ben (de "Homem-Aranha") e portanto ele não tem nenhum motivo de vingança. Sua vida não é muito difícil, e bem pacata. No entanto, um dia ele toma a repentina decisão de se tornar um super-herói, embora ele não tem competência ou formação para realizar tal função (na verdade ele não sabe nem lutar).


Logo nas primeiras sequências você pode ver que este filme é diferente dos outros, provavelmente por causa de seu estilo (algo que pode ser muito bom as vezes), e da técnica narrativa (Usa algumas montagens paralelas e etc). A direção é na maior parte excelente. As cenas de ação e tiro são muito bem filmadas, exceto pela seqüência em que Hit-Girl usa a visão noturna no armazém (mais parecia que estávamos assistindo alguém jogar "Doom"). A violência neste filme é bem colocada na maior parte, mas em outras vezes, muito perturbadoras (E eu não sou facilmente perturbado, mas ver uma garotinha apanhando quase até a morte é dificil de assistir). Outra coisa que se destacou no filme foi que ele parece ser caricatural, sem tentar ser isso, neste aspecto, ele funciona melhor do que "Sin City", mas não tão bem quanto "Homem-Aranha".

O roteiro está longe de ser maravilhoso (tem alguns furos, e momentos sem graça e com um drama desnecessário)... Talvez seja bom, mas não é algo que melhore o filme, ao contrário, ele pode arruinar-lo dependendo do ponto de vista que você o olha. Mas há uma coisa que realmente eu aprecio sobre o script, é que logo no início, podemos ver o quão perigoso é Frank(Strong), uma coisa que nós não vemos em outros filmes como "Onze Homens e Um Segredo", onde Andy Garcia (O cara malvado) passa o filme inteiro sem matar ou machucar uma única pessoa. Seguindo a mesma qualidade, é a atuação, que é excelente às vezes (Chloe Moretz, Mark Strong), às vezes boa (Nicholas Cage, Aaron Johnson), e, ocasionalmente, ruim (Christopher Mintz-Plasse).

Uma coisa que eu gostaria de ressaltar são as referências que Matthew Vaughn faz à outros filme e diretores. Primeiro de tudo, esse filme não existiria sem Quentin Tarantino, ele é claramente inspirado em "Pulp Fiction" e "Kill Bill" desde os ângulos de câmera que passeam livremente pela cena até alusões diretas, como quando Frank(Strong) vê Kick-Ass atravessando a rua (Como Butch vê Marsellus Wallace em "Pulp Fiction"), ou quando Red Mist se aproxima para pegar a Katana (Igual a quando Butch também pega a espada no já citado "Pulp Fiction", tem até o mesmo ângulo de câmera). Tem até uma cena à la "Taxi Driver" ("You talkin` to me?")

Veredicto: Alguns podem achar ofensivo, e eu até os compreendo, mas não há dúvida de que este filme é divertido, bem dirigido e bem atuado, e vale a pena assistir. É claro que tem coisas ruins, mas as boas são tão boas, que prevalecem

Nota:4/5