quinta-feira, 13 de maio de 2010

Crítica: Avatar (2009)

Por:Dimitri Yuri

Eu fui ver esse filme com a esperança dele ser o melhor filme de ficção científica já feito. Acabou que ele é tão repleto de falhas, que o visual excelente não compensa, fazendo um longa que eu acho um insulto ter sido indicado ao Oscar. E suas políticas ambientalistas e anti-guerra possuem argumentos tão ridículos, que a única coisa que sobra são quinhentos milhões de reais (250 milhões de dólares) gastos em efeitos visuais.

Jake Sully (Worthington) é um ex-fuzileiro paraplégico, que após a morte de seu irmão, é convidado para fazer parte do programa de Avatares no planeta Pandora, que consiste em controlar um outro soldado (Azul e com quatro metros de altura) por um meio telepático. Esse soldados são misturados com o DNA dos Na'Vi, que são a população do planeta Pandora, e eles são usados para buscar contato pacífico com os nativos de planeta. Os militares buscam nesse planeta, um tipo de mineral chamado Unobtânio (não, eu não estou brincando), o problema é que o maior depósito do mineral está logo embaixo da enorme árvore, que os Na'Vi tem como casa.


As pessoas estão dizendo que mesmo com um roteiro medíocre e tão cheio de clichês (às vezes eu descobri qual seria a próxima fala, deprimente), é uma maravilha visual e uma revolução para o cinema, bom, se essa é a revolução, eu não quero ver mais filmes novos. De 1900 à 1950, alguns dos melhores filmes da história foram feitos, e quase nenhum deles tinham efeitos visuais. Aí muita gente (até quem idolatra o filme) concordam que o roteiro é muito fraco e que a atuação também é ruim (Com a exceção de Stephen Lang). Ora, mas aí não sobra mais nada, não é motivo para indicar o filme ao Oscar ou para dizer que é o melhor filme do ano. E apesar do início ser promissor (o discurso preparatório de Quaritch é muito bom) , ele desanda depois da primeira meia-hora.

Quase nenhum personagem "colou". Tinha o Coronel Malvado (Que misteriosamente era a figura mais sensata do filme), o empresário "ganancioso", a médica que quer proteger os animais e as suas culturas (parece mais um conto de fadas. Eles gastaram 250 milhões de dólares fazendo um filme, e no final eles dizem: "Proteja o Verde!!", "O meu mundo não é verde! O homem destruiu!". Você não acha que meio controverso, e até hipócrita?. Aqueles aliens, como dito logo no início do filme, atacam qualquer coisa que passa na frente deles (O fato do nosso protagonista não ter sido morto foi um milagre de “Eywa”), e eles querem protegê-los. Bom, então eles são mais suicidas do que ambientalistas.

Agora vamos falar sobre os efeitos especiais, claro que eles são excelentes, o CGI é perfeito. Pena que é tudo em 3D, que, o que acaba distorcendo algumas cena, acaba com a profundidade de campo e dá dor de cabeça à alguns. Mas os furinhos de roteiro e falas muito melodramáticas ("I see you!"). Ainda houve um momento no filme que eu realmente ri, foi a luta entre o Avatar Jake e robô gigante de Quaritch, quero dizer, ele é um robô gigante cheio de armas e todas aquelas coisas, e ele carrega uma faca gigante... Deve ser para preparar um pão com manteiga gigante quando o robô estiver com fome.

Aí chegam os críticos e dizem que foi muito bom porque ele pegou o “Dança com Lobos”, e colocou no planeta Pandora. Mas isso não é vantagem nem mérito nenhum, meu caro! Ele imita a história de um outro filme (Que já não é lá essas coisas), com um pouco mais de coisas explodindo, e o pessoal aclama. Ora, se vai imitar a história de um filme, pegue um filme realmente bom, como “O Poderoso Chefão” (Imagine Don Corleone azul e com força sobre-humana, eu pagaria pra ver esse filme.).

Veredicto: Acabo de provar que esse filme é medíocre, pois se concordamos que não tem um roteiro bom, atuações dignas, e o visual não compensa, sobra o quê?

Nota:2/5

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