sábado, 15 de maio de 2010

Crítica: Toy Story (1995)

Por:Dimitri Yuri

A Pixar tem uma filmografia impecável, mas mesmo com dez filmes, o primeiro filme animado pode ainda ser o seu melhor (Toy Story 2 e 3 também estão na briga). Este filme mostra algum tipo de magia que eu não posso explicar, e só me fascina. Você fica amigo daqueles brinquedos e se preocupa com o seu propósito, sem falar que a ideia de um mundo dos brinquedos, é muito bem concebida pelo roteiro de Pete Docter e John Lasseter e companhia, mostrando uma criatividade além do comum.

O filme mostra a vida dos brinquedos de Andy, vivendo sua realidade, que é o quarto do garoto. Woody (Hanks) é como se fosse o coordenador de tudo, como um síndico do quarto, mas quando um novo boneco, Buzz Lightyear (Allen), chega e começa a ganhar a simpatia de Andy e dos outros bonecos, a liderança de Woody está ameaçada. Após um acidente onde Buzz cai da janela, todos pensam que Woody o matou, então cabe a ele tentar achar Buzz e contar para seus amigos a verdade. Mas quando ele finalmente acha Buzz, ele tem mais dois desafios, chegar a salvo em casa antes da mudança, e aturar Buzz até lá. Até que inesperadamente começa uma amizade entre os dois bonecos.


A direção é muito inteligente, parece que uma criança deu dicas para Lassseter, pois ele mostra exatamente o que um garotinho gostaria de ver num filme. Suas cores fortes, fazem você reconhecer que aquele é um mundo mágico, diferente de “Wall-E” que a primeira hora de filme nem parece muito com um filme animado (não que isso seja um defeito). E as cenas de ação são bem impressionantes, bem filmadas e simples (embora as de “Os Incríveis” sejam muito melhores, mas o filme era mais de ação, esse aqui é mais infantil)

Revolucionário, "Toy Story" foi o primeiro de todos os grandes filme de animação totalmente computadorizada (um triunfo da computação gráfica) . Seu elenco de voz é simplesmente perfeito, Tom Hanks e Tim Allen dão performances memoráveis (como a cena em que Woody grita com Buzz "Você é um brinquedo!"), e apresentam uma química que torna este filme inesquecível. A animação em si é boa, embora hoje em dia as animações são bem mais detalhadas e os movimentos fluem melhor. A trilha sonora por Randy Newman é empolgante, e dá um toque decisivo à cenas animadas e para a tristes também.

Mas essa não é a melhor parte. Os problemas e dilemas que a experienciam os personagens, são tão bons, que a sua simplicidade desperta a criança em você, e te dá uma divertida vontade de entrar na história e brincar com aqueles personagens . Também a situação em que Woody tem de provar aos seus "Ex-amigos" que ele não matou Buzz, é bem séria para um filme de criança, o que contrasta com outros dilemas bobinhos, mas sempre cativantes. Sem nunca deixar de ter piadas e alusões para os adultos rirem, e são muitos momentos engraçados. O roteiro apresenta alguns furinhos (se Buzz acha que ele é realmente um patrulheiro espacial, porque ele finge ser um brinquedo quando um ser humano chega perto?)

Veredicto: Esse filme é mágico, desafia sua imaginação à acompanha-lo, com um elenco de voz perfeito, e cativante roteiro. São bonecos com vida! É Disney! É Pixar!

Nota:4.5/5

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