quarta-feira, 12 de maio de 2010

Crítica: Fúria de Titãns (Clash of the Titans, 2010)

Por:Dimitri Yuri

Esta é uma análise bem difícil de escrever, porque você não tem muito o que falar. Não houve um monte de coisas ruins nele, e os bons momentos também foram escassos. Mas só de ver todos esses personagens mitológicos, juntos em um filme, e por causa da cinematografia incrível, você percebe que vale a pena pagar para ver o filme.

Perseu (Sam Worthington), filho de Zeus (Liam Neeson), mas criado por um pescador que foi morto por Hades (Ralph Fiennes), tentar vingar a morte de seu pai. Mas quando é salvo pelo exército de Argos, e Hades anúncia que se eles não sacrificarem a princesa, ele soltará o temido Kraken, Perseu se une a um grupo de bravos soldados, para conseguir a arma necessária para derrotar o enorme monstro. Mas os deuses colocaram alguns obstáculos no caminho, e a situação dos soldados se complica.


O trabalho de Louis Leterrier não se destaca nesse filme, ele escolhe alguns momentos errados para usar o CGI (como o rosto da Medusa, que poderia ter um resultado bem melhor com uma boa maquiagem), mas ele também tem seus bons momentos (todas as aparições de Hades). O que realmente se destaca neste longa é a cinematografia por Peter Menzies Jr. (que já tinha trabalhado com Leterrier no mediano "O Incrível Hulk"). Todos os cenários são incrivelmente bonitos, grandiosos, e ele realmente nos dá a sensação da Grécia antiga, o trabalho deste homem é o que faz seu dinheiro bem gasto.

Agora vamos falar sobre a parte ruim, o roteiro. Primeiro de tudo, eu já não esperava muito de um roteiro Travis Beachman ("Dog Days of Summer"), Phil Hay e Matt Manfredi (Aeon Flux). Todas as linhas tentam ser épicas, e no final não houve nem uma que merecesse destaque. Eles derrotaram escorpiões gigantes, a Medusa, e mais uma dúzia de monstros mitológicos, sem ao menos parecer que foi uma tarefa difícil. Tudo aconteceu muito rápido. E nenhum alivio cômico funcionou. Em um filme que não é nem um pouco obscuro, esta é uma falha grande.

A atuação não é ruim, mas não é boa também, cada personagem é... o correto a dizer é "Nhaaaa" (Com a excepção de Hades), Liam Neeson, que é sem dúvida um excelente ator, não se sobressaiu muito neste, Worthington faz aquilo que ele sempre faz, e parece que ele nunca vai conseguir inovar seus personagens, não é tão carismático (O quê era necessário para esse papel), e as vezes fala coisas banais, com um aspecto de grande descoberta. Gemma Arterton só está por sua beleza (o que é totalmente explicável), mas o seu personagem "sem sal" nem deixa ela aproveitar muito o que tem.

Veredicto: Não é um filme ruim, sua excelente cinematografia faz valer a pena assistir, mas as atuações fraquinhas, e o roteiro mal feito, fazem com que não seja memorável.

Nota:3/5

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