sábado, 15 de maio de 2010

Crítica: Recém-Formada (Post Grad, 2009)

Por:Dimitri Yuri

“Recém-Formada” sofre do mesmo problema que quase todas as comédias-românticas de hoje em dia, não é engraçada, e o romance também não é lá essas coisas. Pelo quesito direção e roteiro esse filme mereceria um grande “0”, mas ele tem atuações carismáticas, mesmo não sendo boas (principalmente pela protagonista Alexis Bledel) . O problema é que em geral, ele desafia a sua inteligência, tratando você como uma garotinha de doze anos de idade.

Ryden Malby (Alexis Blebel) termina a faculdade, mas suas esperanças de trabalho vão pelo ralo, a fazendo voltar a morar com sua família maluca. Seu melhor amigo Adam (Gilford) é apaixonado por ela, apesar dela não sentir o mesmo por ele. Ela vacila com ele, e ele decide ir para a faculdade em Nova York, e... Preciso mesmo contar o resto?


Logo na primeira cena já percebemos uma besteira do lado da direção, a introdução que era pra ser estilosa, não funcionou muito bem, extremamente artificial e sem graça. O filme tenta ser um “Legalmente Loira” (que já não é essas coisas), mas não sucede. E falando nisso, ele tenta imitar muitos filmes e não dá certo, a família de Ryden tenta ser divertida igual a de “Pequena Miss Sunshine”, e não tem graça nenhuma. E tem um momento deprimente onde Michael Keaton diz “Fivelas!” imitando o famoso “Plásticos” de “A Primeira Noite de um Homem”, mas não chega nem perto do mesmo efeito que teve no clássico dos anos sessenta.

O roteiro é muito mal trabalhado (se você o usasse como papel higiênico ele talvez fosse mais impactante). Com momentos péssimos, como a entrevista de emprego no início do filme, que toca aquela música dramática e Ryden diz que aquele é o sonho dela e que ela sempre gostou de livros, mas até então nós não a vimos lendo um livro sequer, então a cena não significa nada. E você não tem credibilidade na competência da protagonista (porque você confiaria numa pessoa que passa um cheque de 30 mil dólares, contando que conseguirá um emprego que ainda nem fez entrevista?). Mas o pior é que, considerando que é uma comédia, eu não ri uma única vez (nenhuma vez!!). Eles acham que pessoas pisando em cocô de gato é engraçado. E a previsibilidade faz com que você não espere para o final do filme, que também não impressiona. Os dilemas que os personagens enfrentam são tão estúpidos e cliches (eu não entendo porque alguem imita outros roteiros igualmente fracos, ao invés de copiar os bons), que você não está nem aí para o que vai acontecer.

Alexis Bledel não impressiona muito com a sua atuação, apesar de ter um ar meigo e ser muito bonita. Ela não conseguiu estabelecer uma química muito boa com Zach Gilford, mas são “passáveis”. Michael Keaton e Jane Lynch (que são ótimos atores), estão bem, mas não tem graça nenhuma! É deprimente vez Keaton fazer filmes como esse. O nosso compatriota Rodrigo Santoro não tem muita falas (por causa do sotaque) mas com as poucas falas que tem já mostra que não está no mesmo nível que os outros atores, seu personagem não se sobressai em cena, e você nem lembra muito dele quando o filme termina.

Veredicto: Se você tiver que ver uma comédia-romântica atual com a sua mulher ou namorada, veja “500 Dias com Ela” ou até o mediano “Amor Sem Escalas”. Pois mesmo com atores bonzinhos, o filme é um insulto a sua inteligência, sem graça nenhuma, e muito previsível.

Nota:2/5

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