domingo, 16 de maio de 2010

Crítica: Ratatouille (2007)

Por:Dimitri Yuri

Este aqui não é diferente de nenhum outro filme da Pixar (com a exceção da trilogia "Toy Story" que está um patamar acima). Ele é muito bem dirigido, escrito com muita criatividade, e tem aquele toque de brilhantismo. Fica melhor ainda com excelentes vozes que se encaixam perfeitamente no personagens.

Remi (Oswalt) é um ratinho do interior de Paris (embora não saiba em que cidade está), que ama cozinhar, seu ídolo Gusteau (Garret), escreveu um livro que Remi lê e aprende tudo. Por uma série de razões, ele acaba parando no centro da metrópole, e perto do restaurante Gusteau (que ele descobre já ter morrido. Enquanto observa o funcionamento do restaurante, percebe que o lixeiro novato, Linguini (Lou Romano) está estragando uma sopa adicionando ingredientes que não combinam com a receita. Então Remi, escondido, conserta a sopa, que vira um sucesso entre os clientes. Remi e Linguini fazem uma parceria de sucesso, mas Skinner (Holm), o atual chefe do restaurante, vai fazer de tudo para impedi-los, pois está com inveja de seu sucesso.

O elenco de vozes, como todos esperávamos, é maravilhoso, especialmente Peter O'Toole como Anton Ego (o melhor personagem do filme), que dá ao seu personagem uma autenticidade que difere de todos os outros já criados pela Pixar, a voz dele é penetrante e hiponotizadora, dá aquele toque sombrio necessário para o o temido crítico. Patton Oswalt é muito divertido, fazendo seu personagem confuso sobre o que diz e o que faz (perfeitamente aceitável para um ratinho que nunca foi para a cidade). Ian Holm, que é um excelente ator, também brilha aqui, roubando a cena sempre que aparece.

Como é comum nos novos filmes animados, as cenas de ação impressionam por seu nível de detalhe e ângulos de câmera excelentes. Nesse filme não é diferente, as cenas parecem que foram filmadas por uma grande diretor (o quê Brad Bird provavelmente é), alternam também com momentos humorados (como quando Skinner puxa o pano da mesa do casal no barco). E colocar um ser tão pequeno (Remi) numa cena corrida junto com humanos que são dez vezes maiores, exigem muita cautela por parte da direção.

A história também á muito bem trabalhada, te motiva, emociona e diverte. Possúi momentos emocionantes com diálogos dignos de um grande filme, como o discurso final de Ego (que me ajudou a descobrir o verdadeiro trabalho de um crítico). Mas tem algumas falhas. A pior delas, é que, em nenhum momento, eles explicam porque quando Remi puxa o cabelo de Linguini ele se move (se você tentar fazer isso, não acontece nada), e mesmo que as pessoas falem que não tem problema pois é um mundo mágico, simplesmente parece que eles estão forçando a barra (igual à "UP", quando os cachorros começam a pilotar mini-aviões), você acabado saindo um pouco do filme, e demora um pouco para ele te puxar de novo.

Veredicto: É Pixar!

Nota:4/5

Nenhum comentário:

Postar um comentário