terça-feira, 18 de maio de 2010

Crítica: O Poderoso Chefão (The Godfather, 1972)

Por:Dimitri Yuri

Pelo fato desse filme ter algumas das melhores performances de história, uma direção impecável, um roteiro inteligente e uma excelente trilha sonora, ele é mais do que bom, mais do que ótimo, é a perfeição em todos os sentidos. Quando vi pela primeira vez este filme, eu tinha 10 anos e eu não aguentei nem a primeira meia-hora, e agora eu adoro ele, então seja paciente. Assista ele prestando atenção em todos os detalhes (ele foi feito pra isso), aí ele se tornará inesquecível.

Vito Corleone (Marlon Brando), é o Don (Chefe) da família Corleone, uma das mais famosas da máfia de Nova York. Seu trabalho é principalmente conversar com seus amigos quando eles precisam de favores, e ver se é confiável realiza-lo (e assim, quando futuramente a família precisar de favores, essas pessoa poderão retribuir). Mas quando o negócio de narcóticos se torna popular entre a famílias de Nova York, Don Corleone se recusa a oferecer ajuda policial e de políticos para a entrada das drogas na cidade. Isso causa revolta entre os outros Dons e Vito sofre um atentado, ficando em estado grave no hospital. Isso faz com que seu filho Michael (Pacino), que não queria envolvimento nos negócios do pai, começe a cuidar de alguns assuntos da família (principalmente porque está com raiva do que fizeram com seu pai).


Todo mundo diz que o filme acerta tudo em cheio, e é verdade. Este filme segue um ritmo narrativo que é impecável, nunca cai, e isso acontece porque todo o filme já tem um ritmo um pouco lento (que Coppola nunca deixa ficar chato. Isso pode ser notado melhor em "O Poderoso Chefão: Parte II", que tem três horas e quarenta de duração e passa muito rápido). Ele tem algumas cenas bem tensas (como a cena em que Michael está mudando o quarto de seu pai no hospital), e mesmo algumas engraçada (quando Michael está na Sicília, conversando com um homem sobre aquela garota que ele conheceu, e o rapaz descobre que ela filha de sujeito). E o filme acerta em todos esses momentos.

O roteiro feito por Mario Puzo (o mesmo que escreveu o livro) é um dos melhores já feitos. Desenvolve a seus personagem tão bem, que quase todo mundo está aprendendo alguma coisa durante a história. E, claro, dá-nos citações memoráveis como o clássico "Eu vou fazer-lhe uma oferta que ele não pode recusar!" ou "Eu sou um homem superticioso!". Fora que todos os dialogos são muito bem feitos e fluem com perfeição. A trilha sonora de Nino Rota é brilhante, e você pode perceber direto na primeira cena (a música tema desse filme é até hoje um clássico de dar arrepios, até o Slash já gravou uma versão dessa obra prima). A cinematografia por Gordon Willis é um exemplo de como elas devem ser feitas, simplesmente perfeita.

As atuações são igualmente impressionantes (só ver que naquele ano, além de Brando, que ganhou o oscar de melhor ator, três atores foram indicados para "Melhor Ator Cuadjuvante"), mesmo Pacino que não costuma me surpreender, como todo mundo diz (não que ele é um ator ruim, ele é bom, mas eu prefiro performances contidas e calmas), me impressionou muito, ele é tão frio e parece tão pensativo, fazendo as suas mudanças realistas e bem elaboradas. Brando dá um dos melhores desempenhos que o mundo já viu, e considerando que ele tinha 48 anos quando este filme foi lançado, ele me convenceu de que era um homem doente, velho (algo que Pacino não fez muito bem em "O Poderoso Chefão: Parte III "). E observe a cena onde Hagen (Duvall) conta a ele sobre Sonny (Caan), e você verá o que quero dizer quando falo que é uma das melhores de todos os tempos.

Veredicto: Um monte de gente, inclusive eu, dizem que é o melhor filme já feito, então eles provavelmente têm uma boa razão para dizer isso. Prioridade para qualquer um que gosta de bons filmes.

Nota:5/5 (Claro!)

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Dimitri Yuri, você explicou de tal maneira este filme, esta obra, que cheguei a ficar emocionado. Partilho de sua ideia de ter sido o melhor filme já feito e concordei com tudo que você falou. Há vários ensinamentos por parte de Vito Corleone (Marlon Brando) no filme. Eu já assisti as três partes 5 vezes e assistirei novamente pois é simplesmente fantástico.

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