segunda-feira, 17 de maio de 2010

Crítica: O Fabuloso Destino de Amelie Poulain (Le fabuleux destin d'Amélie Poulain, 2001)

Por: Dimitri Yuri

"O Fabuloso De Amelie Poulain" é provavelmente um dos melhores filmes atuais não- Hollywoodianos que eu já vi. É quase tão bom quanto "Cidade de Deus", apesar de "Tropa de Elite ser bem melhor (mas claro que não se compara aos filmes de Bergman ou Kurosawa por exemplo). Sua direção é muito divertida, estilosa, e criativa. Seu roteiro é cativante, e suas atuações igualmente amáveis.

Amelie (Tantou) é uma mulher inocente, que vive no seu próprio mundinho. Mas quando ela acha uma caixa de lembranças do antigo ocupante do seu apartamento, ela parte em uma busca para achar o dono e entrega-lo a caixa. Então ela começa a criar um gosto por ajudar as pessoas, como um hobby, e arma planos para ajudar de algum modo, as pessoas que estão em volta dela. Amelie também começa a gostar de Nino (Mathieu Kassovitz), mas eles nunca se encontram, pois ela sempre está bolando truques para descobrir mais sobre ele, sem conhece-lo pessoalmente.


Logo no início você já percebe que está vendo algo diferente. Eles contam muitas coisas em um pouco espaço de tempo, e fica muito corrido, mas não deixa de ser fabuloso, pois a direção muito inteligente de Jean-Pierre Jeunet não deixa passar nada, e nós absorvemos tudo que o filme tenta nos mostrar (ele usa o Voice-Over com bastante objetividade). A fotografia também é sensacional. Suas escolhas de iluminação dão um toque muito peculiar, e marcam tanto você, que você percebe claramente uma diferença entre esse filme e os outros, mesmo que seja só nas luzes e cores.

O enredo é muito divertido (é o famoso feel good movie). Ver os planos e truques de Amelie, é incrivelmente divertido e engraçado. Você realmente não precisa se preocupar com a mensagem que ele tenta te passar (embora ela seja muito boa), o filme só faz você se sentir feliz. E se em "Beleza Americana" eles nos dizem que há tanta beleza no mundo, em "O Fabuloso Destino de Amelie Poulain" eles jogar essa beleza em nós, e nos encantam com sua simplicidade (como no início onde vemos que diferentes pessoas gostam de fazer, tipo jogar pedras no lago e etc).

A atuações também são todas fantasticas, todos os personagens são muito carismáticos e nenhum deles é uni-dimensional. Audrey Tautou merece destaque, ela é muito feliz, mas quando ela tem que ser emocional (como quando ela vê que o gato está fazendo o ruído, e pensa que é Nino) ela acerta em cheio, nos deixa emocionados. Sem falar que ela tem um carisma tremendo. Mathieu Kassovitz tambem faz bonito, apresentando uma boa química com Tantou.

Veredicto: Este elegante, bem atuado, elegantemente dirigido filme estrangeiro não deve, por qualquer motivo, ser desperdiçado.

Nota:4/5

Nenhum comentário:

Postar um comentário