quinta-feira, 24 de junho de 2010

Crítica: Transformers: A Vingança dos Derrotados (Transformers: Revenge of the Fallen, 2009)

Por:Dimitri Yuri

O novo filme da série "Tranformers" (digo isso pois com certeza ela terá infinitas continuações) é ruim, mas não é tão lamentável quanto os outros críticos dizem. É claro que ele tem falhas e Michael Bay não é lá essas coisas, mas o filme tem uma comédia aguçada e algumas atuações por seu elenco. E, se as pessoas reclamam que o filme tem muitas explosões e barulho, eu penso que, se é isso que eles quiseram fazer, eles foram bem sucedidos, pois os efeitos estão melhores do que nunca.

A história é muito cheia de coisas, mas o básico é que Sam Witwicky (Shia Labeouf) está indo para a faculdade (se mudando de casa) e terá que manter um namoro a distância com Mikaela (agora trabalhando na oficina do pai, que já saiu da cadeia). Os dois continuam na mesma, mas nenhum deles tem a coragem de dizer "eu te amo!". Enquanto isso alguns Decepticons vêm para a terra e ressucitam Megatron, que agora é como se fosse um capanga de um outro Prime, "O Caído"(?). Os militares acham que eles estão aqui por causa dos Autobots (como um plano de vingança ou algo parecido).

Sam começa na faculdade e vira amigo de um nerd chamado Leo Spitz (Ramon Rodriguez). O problema é que Sam está começando a ter umas visões de antigos símbolos que parecem hieróglifos (essas visões são acompanhadas por ataques quase epilépticos incontroláveis). Em uma briga com o Megatron ressuscitado, Optimus Prime é morto para proteger Sam. Mas agora sem a ajuda de Optimus, Sam está sozinho e tendo que se proteger dos Decepticons, que estão atrás das visões de Sam, e não dos Autobots, como pensam os militares, pois os símbolos que Sam vê os levarão a uma super arma que irá destruir o sol (sim, é isso mesmo que você leu!).


Provavelmente a pior coisa do filme é o roteiro. É muito complicado (não complexo) e há tantas histórias paralelas ocorrendo que no final você tem a impressão de só ter visto robôs se batendo. Eles mudam de locação de cinco em cinco minutos e muitas vezes nós não sabemos porque. Alguns furos também são notáveis, como quando eles deduzem que pelo fato de uma determinada energia ser tão poderosa, ela é capaz de ressuscitar um tranformer (energia nuclear também é poderosa e nem por isso ressuscita pessoas). O romance entre Mikaela e Sam continua artificial e extremamente cliché. A vantagem é que os alívios cômicos funcionam e muito bem. As pessoas reclamam de coisas que não tem tanta importância (só pra falar mal do filme). Por exemplo, eles colocaram dois robôs que falam e gesticulam como os negros americanos, logo, dezenas de organizações processaram o filme, e quase todos os críticos pegaram no pé disso (pelo amor de Deus!).

Um detalhe, em quase todas as grandes batalhas os pais de Sam estão presentes. E o que eles foram fazer no Egito?

Michael Bay não é tão ruim como dizem (não estou dizendo que ele é bom). Apesar de alguns erros ele sabe filmar as cenas de ação e nós ficamos presos à tela o suficiente para admirar os efeitos especiais. E falando nisso, eles estão melhores do que nunca, nós realmente vemos como a tecnologia avançou (percebemos isso melhor do que em "Avatar", que quase todos os ambientes eram feitos em computador, então nós não tínhamos uma noção da diferença). E enquanto muitos reclamam que o filme é só barulho e explosões, bom, mas isso foi exatamente o que eles queriam (vai dizer que eles não tiveram sucesso no que se propuseram fazer?). Ele também foi inteligente ao deixar a ação por conta dos robôs (e essas são realmente as melhores cenas de ação do filme). Só para constar, ele maneirou no handheld, o que melhorou muito (imagina cenas frenéticas iguais as do primeiro, mas agora em um filme de duas horas e meia). O pior problema da direção é que eles não conseguem dar os descansos necessários ao final de cada clímax.

A atuações são só "passáveis" (com a exceção de John Turturro, que está hilário no seu papel, entregando as melhores piadas do filme). Shia Labeouf é carismático como sempre, mas quando tem as suas crises de visões, ele não convence nem um pouco. A dublagem de todos os robôs são bem apropriadas, os mais velho tem aquela dicção perfeita, digna de um robô milenar. Megan Fox está, como sempre, horrorosa (como atriz é claro), mas todos nós sabemos que não é pelos seus dotes artísticos que ela faz tanto sucesso, não é? A surpresa fica por conta de Ramon Rodriguez, que está bem engraçado e é uma boa adição ao elenco. Mas na verdade, quem brilha mesmo é Turturro (duh!).

Veredicto: Um filme barulhento, visualmente impressionante, e repleto de falhas. Agradará muitas pessoas, pois pelo menos ele faz bem o que se propõe a fazer.

Nota:2.5/5

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