quarta-feira, 23 de junho de 2010

Crítica: Escola de Rock (School of Rock, 2003)

Por:Dimitri Yuri

Um projeto mais "Jack Black" do que esse só o "Tenacious D" mesmo. Esse filme é um exemplo de como os filmes da "Sessão da Tarde" podem impactar você. Com uma maravilhosa trilha sonora, uma história hilária e uma performance por Jack Black, que é como sempre histérica e divertida. É com muito orgulho que eu digo que esse é o melhor "Sessão da Tarde" que eu já vi até hoje.

O filme conta a história de Dewey Finn (Jack Black), que tem aproximadamente uns 30 anos de idade e não faz nada da vida a não ser tentar arranjar uma nova banda para tocar (pois ele foi mandado embora de sua antiga banda por ser muito estranho e chato) e louvar o Rock n' Roll. Ele mora com o seu amigo Ned Schneebly (Mike White), um antigo músico que, após conhecer sua controladora namorada Patty Di Marco (Sarah Silverman), dá um jeito na sua vida e vira um professor. Dewey não paga o aluguel a meses e seu amigo está pensando seriamente em mandá-lo embora do apartamento.

A coisa toda muda quando Dewey recebe um telefonema (que estava destinado à seu amigo Ned), em que oferecem uma proposta de emprego como professor substituto em uma rica escola. Dewey tem a brilhante idéia de aceitar o trabalho, se passando por Ned Schneebly, é claro. Chegando no colégio ele encontra uma turma de engomadinhos que estão acostumados com a frieza de sua diretora (Joan Cusack). Mas enquanto Dewey está passeando pelos corredores do colégio no seu intervalo, ele vê a sua turma na aula de música clássica e percebe que os jovens têm um grande potencial para sua nova banda. Ele resolve pegar todos os tempos de sua aula para ensinar àquelas crianças os poderes do Rock N` Roll, dizendo que é uma competição interescolar de "Batalha das Bandas".


Para começar, eu preciso dizer que esse filme não terá o mesmo impacto se você não gostar de duas coisas: Heavy Metal e Jack Black, pois esse é um projeto destinado aos amantes desse estilo musical (mas mesmo se você gostar de Funk, admirará a história em geral). O enredo é muito divertido, a preparação da banda te prende na tela e você acaba se unindo à causa daquelas crianças. Em geral o filme é muito engraçado, com algumas boas tiradas (apesar de serem mais voltadas para crianças, também contém várias alusões que deixarão os adultos satisfeitos). O roteiro é bem claro e simples, o que dá mais tempo de planejar os pequenos detalhes, diminuindo o número de furos.

A direção por Richard Linklater (responsável por "Jovens, Loucos e Rebeldes" e o recente "Me and Orson Welles") é bem inteligente no sentido de deixar Jack Black solto para fazer as suas coisas. Afinal de contas, Jack deve saber muito mais sobre Rock do que Richard. A trilha sonora é uma das melhores da história (se junta a "Forrest Gump" e "A Primeira Noite de um Homem"). Tem Queen, Led Zeppelin, The Doors e muito, mas muito AC/DC. As versões cantadas pela banda são realmente boas, o que explica o sucesso deles (diferente das chatas faixas de "Alvin e os Esquilos"). A montagem também é bem divertida e no geral o filme se parece um pouco com "Um Tira no Jardim de Infância".

As atuações são todas boas com destaque ao histérico Jack Black (não tem como ele não se destacar, pois ele rouba a cena toda vez que aparece, ou seja, no filme todo) e a rígida diretora Joan Cusack (a cowgirl Jessie de "Toy Story"). As surpresas ficam por conta da Joey Gaydos Jr. como Zack e Miranda Cosgrove interpretando a esperta Summer Hathaway. Sarah Silverman e Mike White fazem boas participações especiais e acrescentam um bom humor para o filme.

Veredicto: Extremamente divertido, com uma trilha sonora espetacular e boas atuações por seu elenco. "Escola de Rock" é uma grande experiência que agradará a todas as idades (um detalhe, é mais fácil esperar passar na tv do que alugar, pois passa quase todo mês).

Nota:4/5

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