domingo, 20 de junho de 2010

Crítica: Estão Todos Bem (Everybody`s Fine, 2009)

Por: Dimitri Yuri

Robert De Niro, que é um do melhores atores que já viveram, lidera esse bom drama familiar. Apresentando uma fórmula conhecida (parece bastante com "Flores Partidas"), mas mesmo assim explorando bem problemas que nos fazem reconhecer os personagens. Com uma boa direção de Kirk Jones, e excelentes performances por todo o seu elenco.

Baseado no filme de Giusepe Tornatore, "Stanno tutti bene". Ele nos conta a história de Frank Goode, um recente viúvo, que sempre teve menos intimidade com os seus quatro filhos filhos do que sua mulher. Era tradição da familia que os quatro, Robert (Rockwell), Amy (Beckinsale), Rosie (Barrymore) e David (Lysy), viessem visitar os pais no natal. Mas um ano após a morte de sua mulher, todos os seus filhos cancelam o compromisso. E Frank começa a perceber que eles estão escondendo algo dele.

Já que eles não vão até o pai , Frank decide ir até os seus filhos (que estão morando em quatro estados diferentes) e descobrir o que está errado. Mesmo contra a vontade de seu médico (que disse que ele não tem condições de viajar), ele parte em uma longa viagem cruzando o país, e nesse caminho começa a descobrir mais sobre os seus filhos e sobre ele mesmo.


É sem duvida um filme que depende muito de suas atuações. Robert De Niro, como sempre muito bem, faz um personagem enigmático, e bem plausível ao mesmo tempo (se iguala a performance de Bill Murray no já mencionado, "Flores Partidas". Rockwell, cujo talento já foi mostrado em "Lunar", impressiona muito nesse aqui, as cenas em que ele contracena com De Niro provavelmente são as melhores do filme. Barrymore é amavel como sempre, e foi muito bem escolhida para o papel, pois de todos os filhos, ela é a que mais desmostra carinho com o pai. Beckinsale acerta em construir um personagem frio, que casa com um homem só por estabilidade, e isso é refletido em seu filho, que até hesita em dar um abraço no avô.

O roteiro foi muito preciso em alguns aspectos, principalmente com o personagem bem realista de De Niro, que ao mesmo tempo que ama muito seus filhos, tem dificuldades em passar esses sentimentos (sem falar que ele era muito exigente com eles). O resultado é que seus filhos também o amam mas não tem intimidade nenhuma com ele, estão sempre com medo de contar notícias ruins com medo de desponta-lo. Por isso Frank é um homem muito sozinho, que em alguns momentos puxa assunto com as pessoas no trem, para poder falar que trabalha com fios de eletricidade e como o trabalho dele faz as pessoa continuarem em contato (o que contrasta com a dificuldade dele mesmo em se comunicar), mesmo que seja só pra melhorar a sua solidão. As únicas falhas na história, são que alguns dos filhos são estereótipos um pouco clichés (mas isso é bem disfarçado pela complexidade de suas atuações), e que muitas cenas são exageradamente dramáticas, e só algumas delas são realmente efetivas.

Kirk Jones (que já tinha feito um bom trabalho com o mediano "Nanny Mcphee") também não desponta, com a ajuda da fotografia de Henry Braham, que se sobressaem especialmente na composição das cenas, como a casa de Frank, que é meticulosamente arrumada, com a grama verde perfeitamente cortada. O que contrasta com a casa de Amy, que reflete a própria frieza do personagem, em uma composição bem elaborada, com cores frias e um clima vazio. Em alguma ilusões, Kirk também te sucesso por conseguir nos emocionar e se importar com os seus personagens, mesmo que eles não sejam exemplos de seres humanos.

Veredicto: Excelentes performances e uma boa fotografia fazem um bom filme. Algumas falhas no roteiro e o excesso de cenas dramáticas, proíbem o filme de ser Excepcional.

Nota:3.5/5

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