segunda-feira, 14 de junho de 2010

Crítica: Velocidade Máxima (Speed, 1994)

Por:Dimitri Yuri

Filmes de ação são, provavelmente, os longas que mais fazem sucesso ao redor do mundo. Então se eu digo que "Velocidade Máxima" é talvez o melhor filme de ação já feito ("Duro de Matar" também está no páreo), é um baita elogio, e aumenta muito a importância de assisti-lo. Ele reduz o gênero ao seu essencial, tensão com ações perfeitamente executadas e só. Se concentra tanto em trabalhar bem com poucas coisas, que no final, nenhuma delas sái prejudicada.

Jack Traven(Reeves) é um jovem policial, que após impedir um atentado terrorista (Mesmo sendo só pelo dinheiro) de um inteligente e engenhoso lunático(Hopper) que coloca uma bomba em um elevador, ele se vê vitima do próximo feito do terrorista. Ele está em um ônibus com algumas vítimas, e o motorista não pode diminuir a velocidade para menos de 50Mph ou o ônibus explode. Após o motorista tomar um tiro, Annie (Bullock) se oferece para dirigir o ônibus, ela e Jack tem que pensar o que fazer rápido pois a gasolina está acabando e engarrafamentos são constantes em Los Angeles, e nenhum deles quer entregar o dinheiro que o maníaco pede.

Jan de Bont fez um grande filme em sua carreira e depois fez algumas das maiores desgraças de Hollywood (Incluíndo o pavaroso "Velocidade Máxima 2"). Mas em compensação ele nos deu a obra prima de ação e suspense que é esse filme. Se hoje as pessoas aclamam "Guerra ao Terror" por causa de sua tensão, esqueça o que eles falam, esse aqui é o "real deal". Cada cena te prende mais na cadeira, e quando você acha que não pode piorar, a coisa piora ainda mais. E a inteligência dos dois protagonistas (Reeves e Hopper) te surpreendem a cada minuto. Fora que é muito bem filmado, pois você sabe exatamente o que está acontecendo.

Hoje em dia, as pessoas estão misturando muito os gêneros (Coisa que deveria ser feita com muito cautela), e no final um deles não fica tão bem trabalhado. Outro problema dos roteiros de hoje em dia é que eles acham que historias com muitos plot twists e que te deixam confusos até o final, quando é tudo explicado, são mais efetivas que as simples bem trabalhadas. O atos são muito bem divididos (Elevador, Ônibus, Trêm), e ao final de cada clímax, um descanso (Todos eles muito eficazes). E o que faz esse roteiro tão excepcional é essa postura quase conservadora de contar a história. Alfred Hitchcock (Mestre do suspense) disse que não se pode criar tensão e suspense, se o espectador não souber o que vai acontecer. Isso é a mais pura verdade! Se não você tem um susto que naum impactará por mais de 10 segundos, e habilmente Graham Yost entendeu esse princípio. Roteiro de ação não ficam melhores que esse.



A atuação do filme é boa no geral, com a excessão de Reeves, que apesar de ficar muito bem em algumas cenas, chega a ser artificial as vezes. Bullock faz a sua personagem muito amável e com aquele toque de durona e funciona muito bem (Até porque é o que ela sempre faz). Hopper mostra a sua experiência e talento, roubando a cena toda vez que aparece (É o que mais impressiona). Jeff Bridges, com sua de certa forma, pequena participação, também se sobressái, o que é normal vindo dele...

Veredicto: Imperdível para todos que gosta de filmes de ação, na verdade, imperdível para qualquer um. Um exemplar perfeito de tensão, boas cenas de ação e um roteiro impecável. O resultado é um filme de duas horas de duração que flúi perfeitamente.


Nota:5/5

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